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Cidades

Durante fim de ano, Santa Casa recebe oito pacientes com queimaduras

Maior parte foi vítima de acidente com fogos de artifício e com álcool usado em churrasqueira

Osvaldo Júnior | 02/01/2018 17:22
Paciente, vítima de queimadura, atendido pela Santa Casa (Foto: Divulgação/Santa Casa)
Paciente, vítima de queimadura, atendido pela Santa Casa (Foto: Divulgação/Santa Casa)

Churrasco e fogos de artifício, comuns em comemorações de fim de ano, intensificaram o atendimento na ala de queimados da Santa Casa. De acordo com o hospital, oito pacientes acometidos por queimaduras foram atendidos de sexta-feira (29 de dezembro) a segunda-feira (dia 1º). No caso mais grave, uma pessoa perdeu três dedos. 

"A tendência histórica é de que nos finais de ano aumentem os atendimentos feitos na ala de queimados do hospital, porque muitas famílias optam por comemorar preparando assados em churrasqueiras, chapas e soltando fogos de artificies", informou o hospital. O problema das churrasqueiras e chapas é o uso de álcool. 

Dos oito pacientes, seis foram vítimas de fogos de artifícios. "Um deles teve o dedo polegar amputado e o outro paciente perdeu três dedos da mão direita", informou a assessoria de imprensa da Santa Casa. 

De acordo com a enfermeira assistencial do setor, Maria Aparecida da Silva Martins, geralmente as vítimas de fogos de artifícios sofrem o trauma da amputação na hora da explosão. “Em muitos casos, por algum defeito de fabricação, o artifício não explode quando deveria e as pessoas voltam a manuseá-lo, momento em que ocorre o acidente. A explosão é sempre muito traumática e a pessoa acaba tendo amputação ou dilaceração na hora do acidente”, explica.

Além das vítimas de fogos de artifícios, a ala de queimados da Santa Casa recebeu uma paciente de Ponta Porã com 30 anos que teve 15% do corpo queimado após explosão de álcool ao assar bife na chapa. O outro paciente foi vítima de líquido quente e não precisou ser internado.

“Infelizmente, muitas pessoas ainda continuam se queimando com a utilização inadequada do álcool. O tratamento de um grande queimado dura até três meses e é um trauma para o resto da vida. Então é preciso conscientizar as pessoas para que não utilisem álcool e evitem que uma comemoração se torne uma tragédia”, enfatiza a enfermeira.

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