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Cidades

Eletrobras e Eletrosul entregam resfriadores de leite no Assentamento Itamarati

Edmir Conceição | 03/09/2011 10:15

Resfriador torna produ~ção de leite mais rentável em assentamento. (foto: Divulgação)
Resfriador torna produ~ção de leite mais rentável em assentamento. (foto: Divulgação)

Eletrobras e Eletrosul entregam resfriadores de leite no Assentamento Itamarati

A Eletrobras e Eletrosul selaram a primeira parceria em Mato Grosso do Sul para entrega de resfriadores. Mais de 600 famílias serão beneficiadas com a inauguração de oito Centros Comunitários de Produção (CCP) no Assentamento Itamarati II, em Ponta Porã, a 357 quilômetros.

Em cada unidade, foi instalado um resfriador para o beneficiamento do leite de vaca, além de outros equipamentos para qualificar a produção leiteira e aumentar a renda dos pequenos produtores.

A comunidade possui uma média de 500 cabeças de gado leiteiro que produzem 708 mil litros de leite por ano gerando renda mensal de cerca de R$ 360 para cada família. Hoje, 80% do leite são vendidos para empresas de laticínios da região, o restante é usado na fabricação artesanal de queijo e requeijão.

Com a implantação da CCP, surge a possibilidade de se negociar a produção com outros mercados a preços mais compensadores. “A finalidade do projeto é fortalecer a parceria existente com o setor de pecuária leiteira da região, gerando maiores rendimentos a partir da agregação de valor ao leite produzido”, explicou João Bosco da Silva, coordenador estadual do Programa Luz para Todos pela Eletrosul.

“O leite era vendido a cerca de R$ 0,48 o litro. Depois que implantamos o resfriador, as empresas de laticínio pagam R$ 0,78. Estamos em época de seca e nossa produção diária gira em torno de 800 litros. Quando o pasto melhorar, a renda será ainda maior”, conta Genivaldo Pinheiro da Cruz, coordenador do CCP Oziel Costa.

Cada Centro Comunitário de Produção possui uma área de 24 metros quadrados, onde foram instalados um tanque de expansão para resfriamento de leite com capacidade de 3 mil litros e outro tanque de recepção com capacidade de 200 litros. Os produtores rurais também receberam todo equipamento necessário para garantir a qualidade e higiene da produção, como régua graduada, lamparina para teste do leite, conjunto para medição de densidade, tambores e baldes e materiais de escritório.

88Parceria88 - A um custo total de R$ 53,7 mil, a obra contou com parceiros como a Eletrobras, que entrou com aporte de recursos para aquisição de máquinas, equipamentos e outros materiais necessários para operação do empreendimento. A Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) foi encarregada pela adequação da rede elétrica no local e fabricação das placas de identificação, enquanto os moradores cederam o terreno e mão de obra da edificação.

O empreendimento teve colaboração da COAAMS (Cooperativa de Agricultores de MS), que forneceu assistência e apoio técnico para operação dentro dos padrões de eficiência e condições sanitárias adequadas, e da Eletrosul, responsável pelo apoio logístico para melhor desenvolvimento dos trabalhos, respondendo também pela fiscalização dos mesmos.

O projeto teve início em 2003, com uma avaliação da possibilidade de implantar os resfriadores. “Esse é o primeiro passo, mas tenho certeza que o empreendedorismo da comunidade levará a etapas mais audaciosas, como a implantação de um laticínio, por exemplo”, anima-se Fernando Mateus, engenheiro da Divisão de projetos sócio-ambientais da Eletrobras.

“É uma conquista dos assentados. O próximo passo é trabalhar o melhoramento genético de nosso gado para garantir cada vez mais qualidade do leite”, acredita Hélio Gonsalez Santos, membro da Associação de Agricultores Familiares do Assentamento Itamarati II.

(*) Com informações da Eletrosul)

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