Em troca de comando, ministro Jobim aposta no 3º Bavex
A implantação do 3º Bavex (Batalhão de Aviação do Exército), que já está em fase de construção em Campo Grande, é a aposta do Ministério da Defesa para a segurança na fronteira.
Foi o que deixou claro o ministro Nelson Jobim, durante solenidade de troca de comando do CMO (Comando Militar do Oeste), nesta terça-feira, na Capital.
De acordo com ele, a implantação do 3ºBavex vai dar mais mobilidade e garantir a implementação do projeto Zona Protegida da Amazônia ao Pantanal, que compreende uma faixa de 15.727 quilômetros. Também será construído um batalhão em Goiás.
Segundo Jobim, o projeto prevê a substituição de aeronaves Hércules por aviões de carga K-390 que suportariam até 49 toneladas.
O ministro afirma que já há recursos para implementação e que o projeto já foi aprovado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ele acredita que a ação seja colocada em prática ainda esse ano.
Jobim não fala em aumento de efetivo e sim remanejamento de pessoal, porque, segundo ele, há mais pessoal no Comando do Leste do que no Oeste, região que ele aponta como a segunda mais importante do País.
O ministro disse ainda que o planejamento do Ministério da Justiça sobre segurança é baseado em três eixos: implantação da indústria de Defesa Nacional, reorganização e reorientação das forças e a questão do serviço militar obrigatório.
Sobre as inovações, o ministro destacou a construção de um novo Urutu (veículo blindado usado para transporte de pessoal), pela Fiat/Iveco.
Comando -O comando do CMO agora está nas mãos do General-de-Exército Renato Joaquim Ferrarezi, que assumiu no lugar do General-de-Exército Rui Alves Catão. Catão comanda desde 11 de março o Comando Militar do Leste.
Para Catão, a mudança é positiva para o Estado. Sobre a ida dele para o Comando Militar do Leste, declarou: "Somos acostumados a receber e não perguntar porque".
Assim como o ministro, o general Ferrarezi aposta no 3º Bavex para melhorar a Defesa na fronteira. Ele acredita o Bavex seja entregue até outubro de 2010.
Ferrarezi disse ainda que por conta da implementação do Batalhão, o CMO receba mais de oito a 12 aeronaves. O Comando já conta com seis helicópteros. Sobre efetivo, ele disse que não há projeto para ampliação.
