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Cidades

Garras tomou, há 15 dias, duas armas de policial que matou a mulher

Graziela Rezende | 29/10/2013 10:54
Casal estava em estacionamento no centro. Foto: Cleber Gellio
Casal estava em estacionamento no centro. Foto: Cleber Gellio

Acionados por meio do 190, há 15 dias, policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) compareceram à casa do policial civil Marlon Robin de Melo, 37 anos, para dialogar com a vítima sobre uma suposta tentativa de homicídio e retirar dele as duas armas que possuía, uma calibre .40 e outra 38.

Na ocasião, quem entrou em contato foi a ex-mulher de Marlon, Márcia Holanda, 36 anos. Os policiais então foram ao local, na Vila Popular, para averiguar a situação. Segundo um dos servidores que atendeu a ocorrência, Marlon disse a ela que “iria se matar” e Márcia ligou pedindo socorro, principalmente, porque a filha de oito anos estava no imóvel.

“Nós percebemos que ele estava tranquilo, porém decidimos, por precaução, recolher as armas e entregar ao delegado titular da unidade em que ele tirava plantões”, fala a fonte. O Campo Grande News checou que não foi feita a ocorrência, já que não houve crime. No outro dia, Marlon tinha um consulta com um psicólogo e contou sobre o fato.

A partir daí, conforme a reportagem ouviu relatos de colegas da vítima, Marlon estava depressivo. Ele ainda respondia sindicâncias e possuía uma punição de 60 dias de suspensão por conta de uma transgressão no código da Polícia Civil. “Marlon estava sempre calmo na 3ª Delegacia de Polícia, porém, recentemente, pediu de volta as armas que possuía”, comenta um policial.

Já separado da mulher, Marlon registrou uma ocorrência contra ela, de invasão de domicílio e abandono do lar, no mês de setembro. O registro diz que Márcia retornou ao imóvel quando não havia ninguém e revirou toda a casa, para achar documentos.

Ele continuou trabalhando porque a suspensão foi convertida em 60 dias de multa, descontando um percentual do seu salário. E foi em um dos plantões que ele pediu de volta as armas que possuía. Ao mesmo tempo, tentava reatar o relacionamento com a ex-mulher, algo que culminou na tragédia ocorrida ontem (28), no centro de Campo Grande.

Crime – O policial civil matou a ex-mulher e funcionária da cantina da Mace, Márcia Holanda, com cinco tiros de pistola calibre .40. Antes da tragédia, ele foi numa floricultura e mandou flores e um coração para a ex-esposa. O policial foi reabilitado pelo Conselho Superior da Polícia Civil em julho deste ano.

Conforme a Polícia, Márcia foi atingida com cinco disparos de arma de fogo, sendo um tiro na cabeça e quatro na altura do peito. Logo após ele se suicidou com um tiro na cabeça. O crime ocorreu no estacionamento localizado na esquina das ruas 13 de Maio e 26 de Agosto.

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