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Cidades

Greve dos professores pode prejudicar os exames da Olimpíada de Matemática

Antonio Marques | 01/06/2015 20:59
A greve dos professores devem reduzir a participação de estudantes na Obmep (Foto: Marcelo Calazans)
A greve dos professores devem reduzir a participação de estudantes na Obmep (Foto: Marcelo Calazans)

A greve dos professores das redes estadual e municipal de Campo Grande deve prejudicar os exames da 1ª fase da 11ª Obmep 2015 (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), que acontecem nesta terça-feira, (02), nos 79 municípios sul-matogrossenses. Foram inscritos 271.216 alunos, a partir do 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano, do ensino médio.

De acordo com o professor Dr. Celso Cardoso, coordenador regional da Obmep em Mato Grosso do Sul, as inscrições atingiram 97,95% das escolas no Estado e 88,65% dos alunos que poderiam realizar os exames. “Mas com a greve, nosso receio é que a participação seja bem prejudicada”, comentou, acrescentando que em algumas, mesmo paralisadas, os professores decidiram aplicar os exames para não prejudicarem os alunos.

Na Capital, segundo Celso Cardoso, havia o compromisso de professores de muitas escolas, mas com a radicalização da greve, ele disse que é difícil saber qual estabelecimento vai abrir para realizar o exame da Olimpíada. "Os estudantes devem ir até a escola no turno que estudam para saber se os professores vão aplicar as provas", alertou.

No país, em 2015, foram inscritos mais de 17,9 milhões de estudantes, de 47.582 escolas em 5.538 municípios, 99,48% do total, novo recorde de participação alcançado na história da Obmep. Os melhores alunos da Olimpíada são premiados com medalhas e menção honrosa. No ano passado, 1360 estudantes de MS receberam premiações: 9 com medalha de ouro; 28 com a prata; 88, com a medalha de bronze; e 1263, com o título de menção honrosa.

PIC - Além dessa premiação, os melhores estudantes também podem participar do PIC (Programa de Iniciação Científica Jr.), que visa transmitir aos alunos cultura matemática básica e treiná-los no rigor da leitura e da escrita de resultados, nas técnicas e métodos, na independência do raciocínio analítico.

No Estado, o PIC é coordenado pela professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Karina Miranda D'Ippolito Leite e atende 137 estudantes, em sete polos da Universidade no estado, sendo 78 deles na Capital. Esses alunos tem 10 encontros presenciais durante o ano, iniciando no mês de abril.

Para Karina Leite, o programa tem a finalidade de despertar ainda mais o interesse do aluno pela matemática, com estudos mais aprofundados e promover a iniciação científica. O estudante recebe uma bolsa incentivo no valor de R$ 100,00 mensais durante 11 meses. “Como, geralmente o aluno precisa usar a internet para as atividades do PIC, muitos utilizam esse valor para pagar pelo acesso em casa”, explicou.

Depois desse exame, as próprias escolas escolhem cerca de 5% dos alunos com as melhores notas e devem enviar os cartões-respostas para a central da Obmep, no Rio de Janeiro, para realizarem a 2ª fase em 12 de setembro. No dia 27 de novembro sai os nomes dos premiados.

Calendário da Obmep, que tem 271.216 alunos inscritos em MS. (Imagem: Divulgação/site Obmep)
Calendário da Obmep, que tem 271.216 alunos inscritos em MS. (Imagem: Divulgação/site Obmep)
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