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Cidades

Greve suspende transplante e compromete vida de renais

Redação | 06/05/2009 10:55

A greve de médicos anestesistas da Santa Casa de Campo Grande complicou ainda mais a vida de quem precisa de transplante de rins.

Maria de Lurdes Santana da Rocha, de 54 anos, recebeu a notícia da necessidade do transplante em novembro de 2008, conseguiu o rim, mas não tem como realizar a cirurgia.

A médica nefrologista Thais Vendas, que trata o caso de Maria de Lurdes, explica que a demora para fazer a cirurgia pode trazer complicações para a paciente que corre risco de morte. "O rim dela vem funcionado apenas com 10% da capacidade".

Conformer a Recromasul (Associação de Doentes Renais Crônicos e Transplantados de Mato Grosso do Sul), outros renais ligados a instituição passam pelo mesmo problema.

A irmã de Maria de Lurdez, Mirian Santana, de 38 anos, que fará a doação do órgão, conta como vem sendo o dilema da família desde o anúncio da necessidade da cirurgia. "A situação revolta e nos faz questionar quantas pessoas já morreram mesmo tendo um doador vivo. O nosso medo e de o mesmo ocorrer com ela".

Segundo ela, depois de todos os exames que comprovaram a compatibilidade para a doação, por duas vezes o procedimento chegou a ser marcado, mas cancelado em seguida por conta da greve dos anestesistas da Santa Casa, que já dura cinco meses.

Em abril e no último dia 4 ela esperava por fim ao sofrimento, mas vieram as notícias de cancelamento. Para cada data, as duas tiveram que fazer uma bateria de exames que devem ser repetidos cada vez que é feita preparação para a cirurgia. Outra dificuldade, é que as duas vivem em Amambai, a 347 quilômetros de Campo Grande.

"Esses exames têm data de validade e são realizados em Campo Grande. Além do desgaste físico tem ainda o nosso emocional que fica abalado com o medo de algo grave ocorrer nesse período de espera" explica Mirian. Foram cinco viagens à Capital.

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