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Cidades

Incêndio e fumaça atormentam moradores na Capital

Redação | 05/07/2010 08:20

Com um terreno em brasas e a fumaça encobrindo ruas e casas, os moradores do bairro Octávio Pécora, em Campo Grande, se preparam para uma segunda-feira difícil. "Temos que ficar trancados em casa por causa da fumaça", lamenta Cristiane Pereira, de 28 anos, que teme pela saúde de seu bebê de três meses.

Moradora da rua 13 de Junho, ela conta que o incêndio em um terreno no cruzamento das avenidas Júlia Maksoud e Norte começou por volta das 6h30. Com a estiagem que perdura por um mês, o fogo se espalha e aflige os moradores.

"Todo dia tem queimada", reclama Dorvalina Bosci, de 65 anos. Ela conta que se vê obrigada a sair de casa. "Tem a fumaça, a sujeira, os probemas respiratórios".

Há três quadras do foco do incêndio, já é possível se deparar com a fumaça. "Vim aqui no bairro para visitar um cliente. Mas está muito complicado. A fumaça dificulta para os motoristas", afirma o vendedor Charles Cristiano Barbosa Pinho, de 35 anos. Ele conta que ligou para os bombeiros por volta de 7h50. "Falaram que não tinha viatura no momento. Mas caso piorasse, era para ligar de novo".

O advogado Carlos Alberto Gonçalves, de 62 anos, relata que ligou para os bombeiros em torno de 7h30 e também foi informado da falta de viaturas.

Já no local, os bombeiros trabalham com duas viaturas, sendo um veículo utilizado para salvamento.

"Os bombeiros priorizam os casos com risco as pessoas, ao patrimônio e com muita fumaça", ressalta o cabo Omar Carvalho.

De janeiro a 25 de junho, o Corpo de Bombeiros registrou 426 focos de queimada em Campo Grande. Já a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), notificou 168 donos de terrenos incendiados no mesmo período, número que representa apenas 40% do total de casos.

As multas aos proprietários de terrenos queimados variam de R$ 1.375,00 a R$ 5,5 mil. A prática configura crime, previsto no artigo 250 do Código Penal.

Causar incêndio e expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio tem pena prevista de três a seis anos de reclusão, além de multa.

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