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Interior

Açougueiro é ameaçado de morte por vender carne barata na fronteira

Carta com promessa de “cortar cabeça” do comerciante e duas balas de fuzil foram deixadas no local

Por Helio de Freitas, de Dourados | 17/09/2025 12:33


RESUMO

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Açougueiro na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã (MS), recebe ameaças de morte por vender carne a preços mais baixos. Na madrugada de quarta-feira (17), uma carta com a ameaça "vamos arrancar sua cabeça" e dois cartuchos de fuzil calibre 5.56 foram deixados em frente ao estabelecimento. Um vídeo de segurança registrou o momento da entrega da ameaça por um motociclista. O comerciante Elias Ocampos, de 41 anos, atribui as ameaças à recente polêmica sobre o preço da carne na cidade. Após apresentar documentos que comprovam a legalidade e justificam os preços praticados em seu açougue, Ocampos passou a ser alvo de outros comerciantes. Ele afirma que vende carne mais barata por possuir frigorífico próprio e acusa o deputado Santiago Benítez de pressioná-lo. A polícia paraguaia e o Ministério Público investigam o caso.

Um comerciante de 41 anos está sendo ameaçado de morte por vender carne barata em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada de Ponta Porã (MS) por uma rua. Na madrugada desta quarta-feira (17), uma carta com promessa de “cortar a cabeça” do açougueiro e dois cartuchos de fuzil calibre 5,56 foram deixados em frente ao estabelecimento.

Vídeo gravado pelo sistema de monitoramento mostra o momento em que um motociclista para em frente à Distribuidora de Carne Amambay e deixa o recado ameaçador (veja as imagens acima).

“Viemos te dar o último aviso: para de ficar apertando os açougueiros aqui de PJC. E outra coisa: venda sua carne ao preço de todos os açougueiros. Sorte sua que estamos te avisando. Se você não respeitar, vamos arrancar sua cabeça”. O panfleto foi escrito à mão com frases em português, mas a palavra “açougueiro” foi grafada em espanhol (“carnicero”).

Açougueiro é ameaçado de morte por vender carne barata na fronteira
Carta com ameaças e cartuchos de fuzil (Foto; Direto das Ruas)

Elias Ocampos acredita que as ameaças estejam ligadas ao debate suscitado nos últimos dias sobre o preço de carnes na cidade. As desavenças com outros comerciantes se intensificaram após ele apresentar documentos justificando os valores mais acessíveis cobrados em seu estabelecimento.

“Eles não gostaram, porque antes de eu apresentar os documentos surgiram boatos de que iam fechar meu negócio. Fui a uma emissora e apresentei os documentos. Não se pode fechar um comércio por vender carne a preço justo”, afirmou.

Ocampos informou que vende a carne mais barata que os concorrentes porque tem seu próprio frigorífico, localizado no distrito de Zanja Pytá. “Temos todos os documentos e estamos habilitados pela Senacsa (Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal). Trazemos a carne em caminhão frigorífico e guardamos em nossas câmaras frias. Se os outros açougueiros quiserem comprar nossos produtos, podemos vender, mas não vendemos fiado”, provocou, em entrevista à imprensa paraguaia.

Ele acusou o deputado Santiago Benítez de apoiar os demais açougueiros e pressioná-lo a fechar o próprio estabelecimento. A Polícia Nacional promete investigar as ameaças. O promotor de Justiça Emilio Álvarez instaurou inquérito sobre o caso.

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