Apesar de laudo indicar infecção, delegado não descarta feminicídio em Angélica
Graciane de Souza, disse durante atendimento médico que passou 5 dias sendo espancada pelo companheiro
Apesar de laudo necroscópico indicar que a morte de Graciane de Souza, 40 anos, se deu por infecção generalizada, o delegado titular de Angélica, Diego Henrique, considera que ainda é prematuro afirmar que não houve feminicídio. A mulher morreu no hospital no último domingo (25), após denunciar ter sido vítima de constante violência pelo marido.
RESUMO
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A morte de Graciane de Souza, de 40 anos, em Angélica (MS), continua sob investigação, apesar do laudo necroscópico apontar infecção generalizada como causa. O delegado Diego Henrique não descarta a hipótese de feminicídio, mesmo após as análises indicarem que as marcas de agressão encontradas no corpo seriam insuficientes para causar a infecção fatal. A vítima, que faleceu no Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba no dia 25 de maio, havia denunciado agressões constantes por parte do marido, José Robério Viana de Souza. Segundo seu relato, ela sofreu violência durante cinco dias, incluindo chutes na barriga, ombros e costas. Uma perícia indireta foi solicitada para análise completa dos prontuários médicos.
De acordo com o delegado, o laudo necroscópico indicou a infecção como causa da morte, o que, para o profissional, indica que a morte não foi causada pelas agressões. "Ainda é prematuro para afirmar que não houve feminicídio, porem, de acordo com o documento, as marcas presentes no corpo da vítima eram pequenas e não teriam o condão de causar infecção tão extensa no abdômen e no tórax, que causou a morte", afirma o delegado.
Para esclarecer como o caso será investigado, o delegado solicitou uma perícia indireta, onde todos os prontuários médicos de Graciane serão analisados. Depois do resultado do laudo, o delegado revogou a prisão de José Robério Viana de Souza, que se apresentou na delegacia no dia seguinte a internação da esposa.
Caso - Conforme boletim de ocorrência, Graciane morreu na madrugada do dia 25 de maio no Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba. No entanto, antes de ser transferida ela passou por atendimento médico em Angélica, a 272 quilômetros da Capital. Na ocasião, ela disse à polícia que passou 5 dias sendo agredida pelo homem.
A equipe policial foi acionada pelo ABA (Associação Beneficente de Angélica) no dia 21 de maio. Lá ela relatou que as agressões começaram no dia 17 e seguiram até ela ir para o hospital. A mulher relatou que levou chutes na barriga, ombros e nas costas. Ela foi resgatada pelo dono da casa onde morava de aluguel.
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