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Interior

Após MP abandonar audiência, reunião tenta acordo sobre educação infantil

Reunião ocorre nesta manhã em Dourados; sindicato denuncia falta de 700 funcionários em centros de educação infantil de Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 21/02/2020 08:54
Sindicato denuncia falta de 700 funcionários de apoio em Ceims de Dourados (Foto: Divulgação)
Sindicato denuncia falta de 700 funcionários de apoio em Ceims de Dourados (Foto: Divulgação)

Acontece nesta manhã nova tentativa de acordo entre o Poder Judiciário, Ministério Público e o município para resolver a crise que afeta o funcionamento de 39 centros de educação infantil em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

A audiência de conciliação de ontem à tarde terminou sem solução depois que dois promotores abandonaram a reunião em protesto contra a posição do município.

Para cobrar da prefeitura a contratação de funcionários de apoio e estagiários, na segunda-feira os profissionais de educação das unidades infantis fizeram um dia de greve e desde terça-feira (18) reduziram o horário de atendimento às crianças. Os Ceims de Dourados atendem pelo menos 3.500 crianças de até cinco anos de idade.

A prefeitura recorreu ao Tribunal de Justiça pedindo a ilegalidade do movimento, mas o pedido foi negado pelo desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, que marcou a audiência de conciliação para ontem.

Entretanto, diante da falta de proposta do município para uma solução amigável, os promotores de Justiça Eteocles Brito Mendonça Dias Junior e Luiz Gustavo Camacho Terçariol abandonaram a audiência. A reportagem apurou que o MP propôs um processo seletivo simplificado para resolver o problema, mas o procurador do município presente rejeitou o acordo.

O Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) afirma que a prefeitura não se preparou para o início do ano letivo. As aulas na rede municipal de ensino de Dourados começaram na semana passada.

Segundo o sindicato, a prefeitura descumpre deliberação do Comed (Conselho Municipal da Educação) garantindo a presença de auxiliares para o trabalho dos professores da educação infantil.

“Não dá mais para fazer de conta que uma professora pode cuidar sozinha de dez bebês e não conseguir ir ao banheiro. Imaginem uma professora que está com 10 crianças. Se uma criança precisa trocar a fralda, como é que faz? Qual o malabarismo em que se sai com uma criança para o banheiro e outras nove ficam sozinhas na sala?”, questiona o presidente do Simted, Juliano Mazzini.

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