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Interior

Bomba queima e fornecimento de água está suspenso há quase um mês

Mariana Rodrigues | 06/11/2015 16:45
O problema ocorreu após a bomba responsável pela captação de água no rio Miranda, responsável pelo abastecimento da cidade queimar. (Foto: Sanesul/ Arquivo)
O problema ocorreu após a bomba responsável pela captação de água no rio Miranda, responsável pelo abastecimento da cidade queimar. (Foto: Sanesul/ Arquivo)

A falta de abastecimento de água constante tem deixado moradores e comerciantes do município de Miranda, a 201 km de Campo Grande, preocupados. O problema começou no dia 17 de outubro mas se intensificou no começo deste mês. Nesta semana, por exemplo, a população enfrenta a falta de água desde segunda-feira. A Sanesul, responsável pelo fornecimento, afirma que a situação acontece devido a problemas técnicos.

Moradores dos bairros e da região central do município estão preocupados com a situação, já que muitos deles não possuem reservatórios em casa e cobram providências da empresa responsável pelo abastecimento.

Segundo a secretária Daniele Assis Arguelho, 30 anos, a falta de abastecimento começou no dia 17 de outubro e o fato se repetiu nos dias 22 e 27. "Sofremos ainda com a falta de água no domingo e no feriado e ontem desde cedo", conta. Moradora do bairro Nossa Senhora Aparecida, ela conta que o problema é constante, mas nunca tinha durado por períodos tão longos como foi agora. "Eu estava operada e tive que ficar todos esses dias sem água", comenta.

Daniele diz que não é a única que sofre com o caos que a falta de água tem causado na cidade, mas outros moradores também, inclusive os que moram na parte alta de Miranda. "Teve salão de beleza em que as clientes levaram água em garrafas pet para serem atendidas, e nos outros dias teve que dispensar as clientes. Até a faculdade teve que dispensar os alunos por conta da falta de água".

A secretária entrou em contato com a Sanesul, empresa responsável pelo saneamento do município por diversas vezes, mas ontem, em uma nova tentativa foi informada que a bomba estava esquentando demais, por isso teve que ser desligada. "São várias as informações que a empresa nos dá. Primeiro eles falaram que estavam em manutenção corretiva em uma bomba na captação de água, depois que estavam com problemas na captação da água do Rio Miranda, mas o rio está cheio", afirma.

O proprietário de uma pizzaria da região central, Anderson Carlos de Menezes, 33 anos, disse ao Campo Grande News que teve até que fechar por um dia seu estabelecimento comercial por conta da falta de água. "Tive que dar folga coletiva para os funcionários e fechar as portas, não contabilizei o prejuízo, mas isso é um absurdo com os meus clientes que chegam aqui e se deparam com o local fechado", lamenta.

"Eu me virei como pude durante os dias em que faltou água, até buscar água no lava jato que fica próximo do meu estabelecimento eu fui, mas algo precisa ser feito", diz Anderson que alega ainda que a falta de água é comum no fim de ano. "Faz seis anos que isso ocorre nesse período de fim de ano".

Outro lado - Em nota a assessoria de imprensa da Sanesul informou que o problema ocorreu porque a bomba responsável pela captação no rio Miranda queimou. "Prontamente, a equipe de manutenção da Sanesul enviou equipamento reserva. No entanto, além da bomba, foi identificado problema no crivo, peça responsável por filtrar materiais orgânicos da água, como folhas e galhos de água, e evitar que estes materiais sejam sugados pela água. O crivo foi substituído e isso demandou nova interrupção do sistema".

Ainda de acordo com a nota, para solucionar o problema do bombeamento em definitivo, a bomba reserva está sendo substituída hoje (6) por equipamento e peças novas, garantindo abastecimento para a população. "As demais interrupções no sistema aconteceram por conta de reparos de rotina que precisam ser feitos na rede de distribuição. Em Miranda, existem trechos de rede com material antigo que, quando apresentam vazamentos, é preciso desligar o abastecimento de áreas muito grandes da cidade. Para sanar este problema, está sendo desenvolvido projeto de setorização, para permitir intervenções pontuais com menor impacto, atingindo apenas pequenas áreas".

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