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Interior

Condutor sem CNH que matou rapaz em sinal vermelho é chamado de “assassino”

Ao deixar delegacia, onde foi indiciado por homicídio culposo, homem de 26 anos foi alvo de protesto de familiares da vítima

Helio de Freitas, de Dourados | 03/08/2016 13:55
Usando muletas por causa de outro acidente, homem deixa delegacia após ser indiciado (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Usando muletas por causa de outro acidente, homem deixa delegacia após ser indiciado (Foto: Sidney Bronka/94 FM)

O condutor da Saveiro branca que furou o sinal vermelho e matou o motociclista Carlos Henrique Pereira, 22, na madrugada de segunda-feira (1º) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, não tem carteira de habilitação. Mesmo assim, ele foi autuado por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – e se condenado deve pegar pena máxima de quatro anos de detenção.

José Aparecido Ovando Ávalo Santos, 26, contou em depoimento nesta quarta-feira na 2ª Delegacia de Polícia da cidade que pegou o carro do cunhado, escondido.

O dono do carro, cunhado de José Aparecido, também prestou depoimento e manteve a versão do autor do atropelado, de que o carro foi pego sem seu conhecimento, mas a polícia vai investigar a história.

José Aparecido, que se recupera de outro acidente de trânsito ocorrido no ano passado, ainda usa um par de muletas e ao deixar a delegacia foi chamado de “assassino” por familiares de Carlos Henrique. Agentes policiais tiveram de acompanhar a saída dele, para evitar um confronto.

Tereré e sinal amarelo – O homem contou que no domingo à tarde pegou a Saveiro escondida do cunhado – os dois moram no mesmo endereço, no bairro Altos do Alvorada – e foi tomar tareré na casa de um amigo.

No início da madrugada de domingo ele voltava para casa pela Avenida Marcelino Pires e quando se aproximou do cruzamento com a Rua Aquidauana o sinal ficou amarelo e ele acelerou, achando que daria tempo de cruzar a via.

José Aparecido alegou que não viu a moto e após a batida rodou uma quadra adiante, onde abandonou a Saveiro e fugiu. Ele diz que pediu para uma mulher que encontrou na rua chamar o socorro e deixou o local por medo de reações por causa do acidente. Alegou ainda que não conhece a suposta testemunha.

Ele negou que tivesse consumido bebida alcoólica e diz que não pode beber por causa dos medicamentos que ainda toma devido ao acidente ocorrido ano passado. José Aparecido vai aguardar agora a conclusão do inquérito.

Hilux – A moto pilotada por Carlos Henrique voou a 50 metros do local da batida e o rapaz foi atirado a 16 metros, na outra pista da avenida. Ao cair na pista, Carlos foi atropelado por uma Toyota Hilux, que seguia pela Marcelino Pires e também teria passado no final vermelho.

A delegada Andreia Pereira, titular da 2ª Delegacia de Polícia, disse que as investigações continuam para tentar localizar a caminhonete. Imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos estão sendo verificadas.

O acidente – De acordo com policiais militares e civis que atenderam a ocorrência, Carlos Henrique seguia de moto pela Rua Aquidauana, sentindo norte-sul. Ao cruzar a Marcelino, ele foi atropelado pela Saveiro prata, placa HFX-2741, que seguia pela avenida, sentido leste-oeste. O carro cruzou o sinal vermelho, segundo as testemunhas.

A batida foi tão violenta que jogou o rapaz do outro lado da avenida. A caminhonete Toyota Hilux preta, que seguia no sentido oeste-leste da Marcelino Pires, também atropelou o motociclista. Segundo a polícia, o condutor da Hilux fugiu do local em alta velocidade.

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