Corda presa ao corpo poderia ter salvo trabalhador que morreu soterrado em silo
Rafael Marques Rodrigues, de 32 anos, morreu após ser sugado pelo milho dentro de silo
O trabalhador rural que morreu soterrado por milho a granel na Fazenda Paraíso, não estava utilizando equipamento de segurança, que poderia ter evitado a tragédia, na tarde desta quarta-feira (29). Rafael Marques Rodrigues, de 32 anos, afundou no meio dos grãos dentro de um silo e morreu na hora. O acidente ocorreu em Itahum, distrito de Dourados, que fica a cerca de 298 quilômetros da Capital.
À polícia, um colega da vítima disse que ambos estavam dentro do silo, quando perceberam que o milho não estava saindo pelo "bocal de saída" no meio da estrutura, por onde ocorre o esvaziamento. Foi então que Rafael andou sobre os grãos até o ponto, sem uma corda amarrada ao corpo, e acabou afundando. O item de segurança evita que os trabalhadores acabem sendo "sugados" durante o esvaziamento do silo.
O rapaz e um outro operador ainda tentaram puxar o trabalhador, sem sucesso. Rafael morreu soterrado, ficando apenas com um braço à mostra. O Corpo de Bombeiros foi acionado na sequência e só conseguiu retirar a vítima do local, depois que todo o milho foi retirado pela parte de baixo do silo, até que o corpo pudesse ser visto. Policiais militares de Itahum também estiveram no local, bem como a perícia da Polícia Civil.
Os responsáveis pela fazenda esclareceram à polícia que o procedimento de entrar no silo é comum devido a necessidade de operação, mas que os funcionários são treinados e orientados a usarem os equipamentos de segurança para evitar e minimizar os riscos de acidente.