Menino autista morreu em lagoa ao correr atrás de cão
Corpo não tinha sinais de violência e família acredita que ele saiu de casa ao ver o cachorro na rua
“Ele sempre falava que queria banhar”. A lembrança é de Gabriel Fuliotto, tio do menino de 11 anos, diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e que foi encontrado morto nesta segunda-feira (7) em uma lagoa nos fundos do frigorífico Naturafrig, em Nova Andradina, a cerca de 800 metros de casa onde morava. Gabriel acredita que a criança saiu de casa ao ver o cachorro na rua.
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Gabriel Fuliotto, tio de um menino de 11 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista, relatou que a criança foi encontrada morta em uma lagoa em Nova Andradina. O menino saiu de casa sozinho, atraído pelo cachorro da família, e sua ausência foi notada apenas horas depois. Câmeras de segurança registraram sua saída. O corpo não apresentava marcas de violência, e a polícia não encontrou indícios de negligência familiar. O delegado Caio Bicalho afirmou que tudo indica que a criança entrou na água para se banhar, uma atividade que sempre o atraía. A família está devastada pela perda.
Segundo a família, o menino saiu da residência por volta das 6h30 de ontem, sozinho e descalço, depois de pegar a chave e abrir o portão. Câmeras de segurança registraram o momento. O cachorro da família havia passado pelo portão e, segundo os familiares, o menino correu atrás dele.
A ausência só foi percebida por volta das 8h, quando os familiares acordaram. A partir daí, a família mobilizou vizinhos, acionou a Polícia Militar e fez o boletim de ocorrência. Moradores chegaram a relatar terem visto ele em um mercadinho e também correndo em uma pracinha.
Muito abalado, Gabriel, que ajudou nas buscas desde as primeiras horas, conversou com o Campo Grande News. “Acho que ele viu a lagoa, achou que era uma boa ideia. Tirou a roupa e entrou. Sempre teve isso com água, sempre dizia que queria banhar”, contou.
As roupas do menino foram encontradas perto da margem da lagoa. Segundo o delegado Caio Bicalho, que atendeu a ocorrência, o corpo não apresentava marcas de violência. “Tudo indica que ele entrou na água para se banhar. A princípio, não há qualquer indício de negligência por parte da família. Era uma criança bem cuidada, matriculada na Apae e com acompanhamento”, afirmou.
Segundo o tio, a criança demonstrava curiosidade e inteligência, apesar das limitações motoras. “Tinha muita dificuldade para falar e um problema no joelho. Se corresse muito, caía", lembra. “Minha irmã está arrasada. Ele cresceu com a gente, morávamos todos com a minha mãe. Faz um ano que me casei, mas até então éramos como pai e filho", completa.
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