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Interior

Crime sexual contra crianças aumenta e se alastra em Dourados

Paula Vitorino | 05/05/2011 14:11

Pesquisa do Creas revela dados. Crimes saíram da periferia

Coordenadora mostra mapa da violência sexual. (Foto: Dourados Agora)
Coordenadora mostra mapa da violência sexual. (Foto: Dourados Agora)

De acordo com pesquisa do Creas (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) de Dourados, os casos de crimes sexuais contra crianças têm aumentado no município e já não ocorrem somente nas periferias.

Só de segunda-feira (2) até hoje já foram registrados cinco casos. De janeiro a maio deste ano, são 21 casos de violência contra crianças. Destes, 18 são estupros. Os demais são exploração sexual e pedofilia. Todas as vítimas têm entre 7 a 10 anos.

Segundo informações da coordenadora do Creas, Marísia de Paula Brandão Martins, de 100% dos casos, entre 5% a 10% ocorrem fora da periferia. Ela ainda revela que há cinco anos o mapa do Creas chegava a detectar quais os bairros com maior índice de crimes sexuais infantis, mas agora fica difícil indicar com precisão estes pontos, já que os crimes saíram da periferia e estão também em áreas nobres.

Ainda de acordo com a coordenadora, todos os agressores foram pessoas próximas às vítimas. “São parentes ou vizinhos, que atraíram as crianças com doação de dinheiro, doces, brinquedos e até alimentos”, diz.

Ela lembra que nos últimos cinco anos em Dourados, a criança mais nova vítima de violência sexual tinha 2 anos quando foi abusada. O agressor foi o próprio pai.

Marísia acredita que com o avanço e maior acesso a internet, os números de crimes sexuais como a pedofilia aumentaram 10% nos últimos anos. Segundo ela, este acréscimo nas denúncias está relacionado a conscientização das pessoas.

“Em todas as nossas campanhas levamos muitas informações sobre a importância de se denunciar e como fazer isto”, disse.

O Creas oferece em Dourados todo o atendimento a vítimas e familiares de crianças e adolescentes que sofreram violência. São psicólogos, advogados entre outros profissionais que oferecem o atendimento necessário para reintegrar a criança à sociedade e protegê-la de agressões.

Medidas - O Juiz da Vara da Infância de Dourados, Zaloar Murat Martins, diz que o judiciário vem cumprindo seu papel para inibir o problema. Segundo ele, prova disso são as fiscalizações realizadas pela Vara da Infância em motéis e casas noturnas.

Diante do flagrante, o caso é encaminhado para a Polícia Civil e até mesmo para o Ministério Público, que após investigação minuciosa aciona a Justiça.

(Com informações do site Dourados Agora)

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