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Interior

Dois casos suspeitos de negligência são investigados no HU de Dourados

Nyelder Rodrigues | 23/04/2012 19:56

O HU/UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados) registrou dois casos envolvendo problemas em procedimento de parto na semana passada. Em um deles, a mulher deu entrada no hospital já com 41 semanas de gestação, sendo que o normal são 36 semanas. A criança morreu logo após o parto.

Preocupada com o atraso no parto, a família levou Gislaine Nunes Ardigo ao hospital no domingo (15), mas apenas na terça-feira (17) a paciente foi encaminhada para o procedimento obstétrico.

Mesmo constando na ficha do pré-natal que Gislaine tinha enfrentado complicações no parto do primeiro filho e não tinha condições de fazer parto normal, a equipe médica optou pelo procedimento e o iniciou.

Conforme a família, durante o parto, o médico percebeu que a criança estava nascendo com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Ele empurrou o bebê de volta e tentou mudar de procedimento, optando dessa vez pela cesariana.

A tentativa foi mal sucedida e a criança nasceu agonizando, morrendo em seguida. A família ficou muito abalada com a situação e Gislaine ficou em estado de choque.

Outro caso - Em outro caso em que o HU de Dourados é acusado de negligência médica, Eliane Oliveira Souza quase perdeu o bebê por conta também de um atraso no nascimento. Conforme Eliane, ela entrou em trabalho de parto com pressão alta e não poderia fazer parto normal.

Eliane ainda diz que a equipe médica chegou a esquecer parte a placenta dentro do útero dela, fazendo com que ela tivesse que realizar novo procedimento para a retirada da placenta.

MPF - O MPF (Ministério Público Federal) pediu que a Comissão de Saúde e Seguridade Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul investigue os casos, já que o HU de Dourados recebe recursos estaduais e de convênios.

Hospital - O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados se defendeu por meio da assessoria de imprensa, afirmando que todo óbito neonatal é investigado por uma comissão interna de ética médica.

O caso envolvendo Gislaine já está sendo avaliado e a estimativa é que um laudo oficial seja emitido entre 15 e 30 dias. Depois, as devidas providências serão tomadas.

Quanto ao problema no parto de Eliane, a direção do HU explica que a sobra da placenta dentro do útero após o parto não é rara e está prevista pela atividade obstétrica, sendo assim, não considerara como erro médico, assim como o procedimento de retirada da placenta.

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