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“Estava cego de ódio”, diz lutador de muay thai que matou rival a cotoveladas

Crime ocorreu na noite de ontem em Dourados; vítima tinha caso amoroso com a companheira do autor

Por Helio de Freitas, de Dourados | 05/03/2025 11:29
“Estava cego de ódio”, diz lutador de muay thai que matou rival a cotoveladas
Maicon, algemado em barra de ferro da Depac, após ser preso em flagrante (Foto: Leandro Holsbach)

O lutador de muay thai Maicon Almeida de Oliveira, 21, confessou ter assassinado Carlos Roberto Marani, 61, após descobrir que a vítima matinha caso amoroso com sua companheira, de 27 anos de idade. O casal estava junto há dois meses e a mulher espera um filho dele.

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O lutador de muay thai Maicon Almeida de Oliveira, 21 anos, confessou ter matado Carlos Roberto Marani, 61, após descobrir um caso amoroso entre a vítima e sua companheira. O crime ocorreu em Dourados, MS, quando Maicon invadiu a casa de Carlos e o agrediu com cotoveladas, causando sua morte. Maicon alegou legítima defesa, mas foi preso em flagrante por homicídio qualificado e violência doméstica. A vítima foi encontrada com ferimentos de faca, e há divergências nos depoimentos sobre o ocorrido. Maicon foi detido após tentar se esconder entre moradores de rua.

O crime ocorreu na noite desta terça-feira (4) na casa de Carlos, localizada na Rua Monte Castelo, no Jardim Maringá, região sul de Dourados (a 251 km de Campo Grande). A vítima teve afundamento de crânio, fratura no maxilar e o olho direito esmagado por cotoveladas, uma das “armas” usadas pelos praticantes da arte marcial tailandesa.

“Eu estava cego de ódio e fui quebrando tudo dentro da casa”, disse o criminoso em depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e por violência doméstica, já que desferiu um soco no rosto da mulher e apertou o braço dela, causando hematomas.

O casal, os dois filhos pequenos da mulher (de 2 e 5 anos) e o irmão de Maicon, de 9 anos, moram em uma quitinete no Jardim Itália, na mesma região onde ocorreu o crime. O lutador contou que pagava R$ 10 para o irmão vigiar a mulher e lhe contar quando ela saísse de casa.

Nesta terça-feira, ao sair para trabalhar, por volta de meio-dia, ele teria mandado a companheira ficar em casa. Quando chegou, no fim da tarde, não a encontrou em casa. O irmão então contou onde a mulher estava.

Maicon pulou o muro e invadiu a casa de Carlos. O morador tinha saído para comprar carne. A mulher estava dormindo no sofá. Após agredi-la, o criminoso mandou que ela e as crianças se trancassem no banheiro. Carlos chegou em seguida e houve a briga.

O lutador alega que Carlos o atacou primeiro, armado com uma faca. Para se defender, usou a técnica de defesa pessoal na qual é treinado e deixou o homem desmaiado no chão, se afogando em sangue. Maicon negou ter esfaqueado a vítima, mas imagens captadas pela perícia e anexadas ao auto de prisão em flagrante mostram ferimentos de faca no corpo.

Também há divergência entre o depoimento do criminoso e da mulher. Ela alegou não ter presenciado as agressões que provocaram a morte de Carlos, pois teria deixado o local com as crianças. Maicon diz que eles estavam trancados no banheiro.

Maicon Almeida de Oliveira foi preso por policiais militares por volta de 20h30, a 700 metros do local do crime. Para se esconder, ele se misturou a moradores de rua acampados embaixo de árvores perto do Residencial Estrela Guassu. Ao ser localizado, resistiu à prisão e teve de ser contido.

“Estava cego de ódio”, diz lutador de muay thai que matou rival a cotoveladas
Policiais ao lado do corpo de Carlos Marani, no quintal da casa dele (Foto: Leandro Holsbach)

Matou por ciúmes – Além da violência doméstica contra a companheira, Maicon foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil (por praticar o crime por ciúmes) e por impossibilitar a defesa da vítima.

“Essa situação é peculiar neste caso porque o autor se declarou lutador de muay thai, expert nessa arte marcial. Afirmou que matou a vítima utilizando golpes com o cotovelo. A vítima é um idoso de 61 anos e o suspeito tem 21, diferença de 40 anos”, disse a delegada Thays do Carmo Oliveira de Bessa.

Segundo a policial, Maicon se mostrou bastante frio diante do crime. A mulher dele relatou em depoimento que após o assassinato, os dois conversaram e o lutador estava sorrindo, “demonstrando não ter nenhuma preocupação com o ocorrido”. A companheira de Maicon pediu medida protetiva contra ele. O criminoso segue recolhido na carceragem da Depac. Ele completou 21 anos de idade nesta terça-feira.

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