ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Interior

Falta de recursos impede cumprimento de regras com ribeirinhos, diz prefeitura

Elci Holsback | 28/11/2016 14:42
MPF alega que há mais de 1 ano e meio determinação é descumprida (Foto:Divulgação?MPF)
MPF alega que há mais de 1 ano e meio determinação é descumprida (Foto:Divulgação?MPF)

A prefeitura de Corumbá - município distante 419 Km de Campo Grande, se defendeu das acusações do MPF/MS (Ministério Público Federal) sobre possível negligência no fornecimento de água e transporte a ribeirinhos. O procurador geral do município, Julio César Pereira da Silva, alega que a prefeitura tem tentado cumprir as determinações judiciais, mas esbarra em dificuldades como a falta de recursos financeiros.

O MPF alega que há mais de um ano, a prefeitura descumpre duas decisões judiciais e um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que garantem educação, saúde e água potável a seis comunidades ribeirinhas localizadas no rio Taquari, sendo Cedrinho, Limãozinho e Corixão,Cedro, São Domingos e Porto Esperança, região do Pantanal.

Porém, a prefeitura se defende e afirma que dados sobre esse caso serão apresentados em audiência com o MPF na próxima sexta-feira (2)"Houve esforço por parte da Prefeitura em cumprir a determinação da Justiça, entramos com tutela de urgência junto ao TRF/SP (Tribunal Regional Federal) mas não foi aceito", afirma Julio.

Quanto ao fornecimento de água, o procurador justifica que a decisão é "dificílima de cumprir, pois não há catalogado o número de ribeirinhos para o fornecimento dos 15 litros de água por pessoa previstos no TAC".

De acordo com o procurador, levantamento sobre a situação orçamentária do município está sendo feito e será apresentado durante a audiência, além disso, diz que foram adotadas medidas paliativas para o fornecimento de água. "Foram perfurados poços, mas assim como em tantos outros municípios do Brasil há uma forte limitação financeira, que não nos permite cumprir a determinação e vamos tentar, durante a audiência, sensibilizar o MPF quanto essa realidade".

Em relação ao transporte escolar, o MPF determina que a gestão municipal disponibilize quatro tratores, com toda a segurança necessária (nos moldes do que se encontra na comunidade do Bracinho) e quatro motoristas, para o transporte escolar de todos os alunos das comunidade.

Porém, Julio Cesar destaca que, para transportar pessoas em um veículo de tração é necessário seguro do motorista, passageiros e danos a terceiros e que nenhuma seguradora aceita viabilizar apólices para este tipo de transporte.

"Para tanto é necessário bancos, cintos de segurança e cobertura e o transporte de pessoas, ainda mais crianças é delicado, o trator é um veículo de tração, não adequado para a tarefa, mas em uma região fortemente assoreada é o único que consegue trafegar na região, contudo, sem a autorização de seguro a situação é inviável", considera. 

 

Nos siga no Google Notícias