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Interior

Feridos pelo temporal em Água Clara passam por exames no Sírio Libanês

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 26/10/2011 20:07

Sem grandes ferimentos, três pessoas de uma mesma família e um vizinho passaram a tarde em no hospital

“Foi em câmara lenta, ele avisou a gente, a torre está caindo”. (Foto: João Garrigó)
“Foi em câmara lenta, ele avisou a gente, a torre está caindo”. (Foto: João Garrigó)

Quatro dos seis feridos pela queda da torre de telefonia da Oi, durante o temporal desta terça-feira em Água Clara, estão passando por exames no Sírio Libanês, aqui na Capital. Sem grandes ferimentos, três pessoas de uma mesma família e um vizinho passaram a tarde em no hospital.

Ao Campo Grande News, a estudante Dayane Serconek Garcia, de 26 anos, contou do drama que a família viveu. Em torno de meio-dia o céu formou tempo de chuva, depois de uma forte ventania, aí a família toda se fechou dentro de casa.

Dayane disse que estava ela e mais sete pessoas na residência e quando o tio dela foi abrir a janela para ver como estava o tempo, viu a torre caindo em frente da casa.

“Foi em câmara lenta, ele avisou a gente, a torre está caindo. Não caiu tudo de uma vez”, descreve.

A casa ficava uma rua atrás da torre e foi completamente destruída com a queda. Segundo relato de Dayane, da residência sobrou apenas a varanda.

Segundo a jovem no quarto em que estavam tinha três pessoas que foram feridas. O pai, Paulo César Garcia, de 46 anos, a mãe e a irmã que tem uma deficiência na perna.

“A ponta da torre que caiu na casa. A única coisa que sobrou foi a varanda. O resto, a casa, os cômodos e os móveis acabaram tudo”, acrescenta.

A avó da jovem que também estava no local está em estado de choque, informou Dayane.

O pai de Dayane, Paulo César, sofreu escoreações pelo corpo e vai passar por tomografia por ter machucado a cabeça.

Vizinho da casa, o pecuarista Marcos Rieira, de 47 anos, não se feriu, mas ainda assim veio para a Capital fazer exames. Segundo ele, a torre é um dilema na cidade.

“Ela tem 20 anos, é da época da Telems ainda”, conta.

Além de derrubar torre, temporal deixou imóveis sem energia. (Foto:Zanilda Alves da Silva Lionakis/Água Clara)
Além de derrubar torre, temporal deixou imóveis sem energia. (Foto:Zanilda Alves da Silva Lionakis/Água Clara)

De acordo com Marcos, a vizinhança sempre brigou para a retirada da torre da região, que é mal instalada.

“Nunca vimos manutenção por parte da empresa. Não pode ficar lá porque é um lugar que venta muito. A torre já era uma tragédia anunciada”, ressalta.

Depois que ela caiu, os moradores ao redor puderam ver e relatam que a estrutura estava toda enferrujada. “Nesses 20 anos a cidade cresceu e eles só foram recarregando o equipamento. Qualquer leigo entende que um dia ia dar problema”, diz Marcos.

A mãe de Dayane sofreu escoreações por todo o corpo, enquanto a irmã ficou com cortes. A família está acompanhada de um funcionário da Oi que não foi autorizado a dar detalhes sobre o procedimento adotado pela empresa.

Os quatro da mesma família e o vizinho tiveram que aguardar por 4h até serem atendidos. Eles ainda esperam para conversar com a Oi e ver o que vai ser feito em relação às duas casas e quatro carros que foram atingidos com a queda da torre.

Caso - Além de derrubar uma torre de telefonia, o temporal no início da tarde desta terça-feira em Água Clara, a 198 quilômetros de Campo Grande, deixou alguns imóveis sem energia elétrica.

O equipamento caiu sobre três residências e seis pessoas ficaram feridas. Elas foram encaminhadas ao hospital do município sem ferimentos graves aparentes. Em nota oficial, a Oi confirmou que torre que caiu pertencia a companhia e que equipes de manutenção e apoio foram acionadas.

Houve também queda de energia em vários pontos, um deles a sede da PM (Polícia Militar) e vários comércios.

De acordo com a Enersul, não houve problemas com a rede de transmissão de energia e sim situações pontuais que foram resolvidas.

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