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Interior

Garagista que matou travesti após encontro sexual pega 16 anos de prisão

Crime ocorreu no dia 17 de julho do ano passado em bairro nobre de Dourados; garagista diz que confundiu travesti com mulher, mas amigas da vítima afirmaram que os dois já se conheciam

Helio de Freitas, de Dourados | 06/05/2016 16:53
O garagista Marlon Fialho, preso em flagrante na noite do crime (Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News)
O garagista Marlon Fialho, preso em flagrante na noite do crime (Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News)

O garagista Marlon Lucas Rocha Fialho, 23, foi condenado hoje (6) a 16 anos e seis meses de prisão pelo assassinato da travesti Israel Pereira Alcântara, 25, a “Érica”, ocorrido na madrugada do dia 17 de julho do ano passado em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Presidido pelo juiz César de Souza Lima, presidente do Tribunal do Júri, o julgamento, realizado no Tribunal do Júri do Fórum de Dourados, começou às 8h e terminou por volta de 14h30. Marlon foi condenado a 13 anos e três meses pelo homicídio e a três anos e três meses por porte ilegal da arma usada no crime, um revólver Rossi calibre 357, de uso restrito das Forças Armadas.

O garagista foi preso em flagrante, minutos depois do crime, por um guarda municipal vizinho ao local onde ocorreu o assassinato, na Rua Inglaterra, bairro Altos das Paineiras, região norte da cidade. Marlon está recolhido na penitenciária de segurança máxima de Dourados e por determinação do juiz vai permanecer em regime fechado pelo menos até atingir dois quintos da pena – seis anos e seis meses.

Ao definir a pena, o juiz levou em conta o fato de o garagista ter cometido o crime com vários disparos, mesmo com a vítima caída no chão. O magistrado também considerou “devidamente fundamentada” a prisão preventiva do garagista. A defesa foi feita por cinco advogados.

O crime - A travesti foi morta com três tiros por volta de 0h30 da madrugada de 17 de julho. Marlon falou que matou para se defender de um assalto. Ele dirigia uma caminhonete VW Amarok avaliada em R$ 100 mil no momento do crime.

Ele alegou não saber que se tratar de uma travesti e quando descobriu a vítima teria tentado assaltá-lo. Entretanto, a associação de gays, lésbicas e travestis rebateu essa versão e sustentou que o rapaz era “cliente assíduo” de Érica.

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