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Interior

Greve de servidores causa fila de caminhões em Corumbá

Alguns já estão há mais de uma semana na fila

Helton Verão | 28/11/2012 14:35
Fila já atingiu o número de 800 caminhões e carretas na esperaFoto: Sylma de Lima/Capital do Pantanal
Fila já atingiu o número de 800 caminhões e carretas na esperaFoto: Sylma de Lima/Capital do Pantanal

Cerca de 800 caminhões e carretas estão há mais de uma semana parados em frente à Agesa (Armazéns Gerais Alfandegados de MS) em Corumbá, prejudicados pela “Operação Embaraço Zero”, que é promovida pelos auditores fiscais da Receita Federal.

Eles estão operando de forma lenta como protesto, pois reivindicam uma remuneração condizente com as suas atribuições, além de melhores condições de trabalho. “Desde junho, quando começamos com esta operação padrão, estamos pedindo ao governo federal para que nos ouçam, porém até o momento nada foi feito. Então decidimos continuar com a Operação na região e em todo território brasileiro. Apesar da lentidão, os trabalhos continuam normalmente”, disse o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal de Corumbá ao site Capital do Pantanal, Lucas Ramos Botelho.

Além da remuneração condizente com as suas atribuições, para Corumbá, eles pedem um aumento no efetivo, correspondente a 50%, sendo que hoje, existem apenas 18 auditores fiscais para atender a demanda de transportes de cargas e a fiscalização.

Para os caminhoneiros, a medida os prejudica, sendo que o tempo de espera, acaba fazendo com que eles percam outros transportes. “Já estou parado há mais de uma semana. O caminhão que trouxe na semana passada, está dentro da empresa, deu tempo de voltar para São Paulo e retornar para Corumbá, mas até o momento o primeiro caminhão não foi liberado. Estou com outra carga na fila aguardando para entrar e ser liberada também”, fala o caminhoneiro Deivid.

Apesar da lentidão nos serviços, o Inspetor Chefe da Receita Federal de Corumbá, Eduardo Fujita, afirmou que a fila que se encontra em frente da Agesa, tem prazo para terminar na sexta-feira, 30 de novembro. “Entendemos o motivo da Operação, mas eles têm que normalizar os serviços até a próxima sexta-feira. Os caminhoneiros tem até sete dias para ser atendidos”,finalizou.

Os caminhoneiros precisam passar pela fiscalização dos auditores da Agesa para a liberação do trafego com o país vizinho, a Bolívia.

As transportadoras se dizem as maiores prejudicadas e amargam prejuízos de até U$ 450 ao dia por veículo parado na fronteira, aguardando a liberação de carga de qualquer produto.

As reivindicações dos auditores acontecem desde o último mês de junho e se agravou nesta semana, sem previsão até o momento para que o trabalho volte a sua rotina.

Na Agesa o congestionamento de pessoas e veículos está exigindo um suporte diferenciado para o atendimento. Em 20 dias (úteis) cerca de 3.500 carretas entram no porto seco, “dando uma média de 180 veículos por dia”.

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