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Interior

Irmã de interno diz que morte foi encomendada e que todos ouviram tortura

Mariana Castelar | 08/06/2016 16:20

Inconformada com a morte do irmão Jean Carlos Guanes, de 18 anos, no último domingo dentro da Unei Pantanal (Unidade Educacional de Internação), a irmã Karla Guanes Cunha, cobra transparência nas investigações e denuncia que a morte teria sido encomendada. O caso aconteceu em Corumbá - distante 419 km de Campo Grande.

Ela afirma que os agentes penitenciários e os demais internos sabiam que a morte de seu irmão iria acontecer. Segundo a irmã da vítima, um interno da Unei em que Jean estava contou que todos ouviram os gritos enquanto ele era torturado. “A boca dele não foi tampada como disseram pra gente. Todo mundo ouviu o sofrimento dele, inclusive quando a língua foi cortada”, relembra.

Ela conta que pelo menos três pessoas disseram que o motivo da morte foi Jean ter falado o nome do mandante dos assaltos a motocicletas na cidade. “Ele falou demais e mataram ele. Por isso a tortura, as fotos e os vídeos que estão rolando. Isso tudo serve para dar o recado de forma bem clara que ele foi morto”, explica.

Para dar encaminhamento ao caso, nesta sexta-feira (10), Karla será atendida no Fórum da cidade para ter mais esclarecimentos sobre a causa da morte do irmão, informações que, segundo ela, não teve da Unei. 

A superintendente de Assistência Sócioeducativa, Carmem Lígia Loureiro Carmello afirma que as informações dadas por Karla Guanes Cunha não procedem, que os funcionários estão sempre atentos e que já foi aberta a sindicância para apurar o caso. “Temos 60 dias para concluir este processo, que irá correr em segredo de justiça já que, apesar dele já estar com 18 anos, realizou a infração quando era menor, então teremos esse cuidado”.

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