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Interior

Médico que brigou na sala de parto e bebê morreu é punido pelo CRM

Francisco Júnior | 30/11/2012 09:13
Gislaine planejou o nascimento da filha. (Foto: Arquivo)
Gislaine planejou o nascimento da filha. (Foto: Arquivo)

O CRM/MS (Conselho Regional de Medicina) puniu com afastamento de 30 dias o médico Orozimbo Ruela de Oliveira Neto que se envolveu em um briga com outro médico durante um parto que resultou na morte de um bebê. O caso aconteceu em 2010, em Ivinhema.

De acordo com o presidente do CRM, Luís Henrique Mascarenhas Moreira, a decisão do Conselho foi proferida no mês de setembro e o médico teve dois meses para recorrer da decisão. Como não o fez a determinação foi publicada ontem no Diário Oficial.

Conforme a decisão, o profissional não poderá exercer a medicina de 14 de dezembro deste ano a 12 de janeiro de 2013.

A mesma punição foi aplicada a Sinomar Ricardo, outro envolvido na briga, mas como ele recorreu a decisão, o caso será decido pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Ainda não tem um prazo para que o processo seja julgado.
Por conta da morte da criança, os dois médicos foram indiciados por homicídio doloso e ainda respondem processo por erro médico na 1ª Vara Criminal de Ivinhema.

A briga dos dois médicos aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2010. Conforme a investigação, Gislaine de Matos deu entrada no hospital de Ivinhema em trabalho de parto acompanhada de Orozimbo, médico acompanhou todo o período gestacional.

Porém, quando a mulher já estava na sala de parto e todo procedimento cirúrgico iniciado, o médico plantonista do hospital na ocasião, Sinomar entrou na sala iniciando um desentendimento, pois se sentiu desrespeitado por seu colega estar fazendo o parto, já que ele era o médico que estava de serviço.

Os dois acabaram se agredindo com socos, enquanto Gislaine aguardava na mesa de cirurgia. Por conta da briga, a mulher ainda em trabalho de parto teve que ser reconduzida a um dos quartos do hospital, interrompendo o parto.
Aproximadamente uma hora e trinta minutos depois, Gislaine foi levada novamente para a sala de parto e submetida a uma cesariana, feita por outro médico. O bebê acabou nascendo morto.

O caso ganhou repercussão nacional na época.

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