ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, QUINTA  02    CAMPO GRANDE 24º

Interior

Operação contra pulverização ilegal apreende oito aviões agrícolas em MS

Operação Deriva II começou ontem e continua hoje em Ponta Porã, Rio Brilhante e Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 21/11/2017 08:36
Agente da Anac vistoria avião agrícola durante Operação Deriva II (Foto: Divulgação)
Agente da Anac vistoria avião agrícola durante Operação Deriva II (Foto: Divulgação)
Procurador da República analisa documentos durante operação (Foto: Divulgação)
Procurador da República analisa documentos durante operação (Foto: Divulgação)

Pelo menos oito aviões agrícolas foram apreendidos na Operação Deriva II, deflagrada ontem (20) e que continua hoje em Mato Grosso do Sul. A ação ocorre em Ponta Porã e Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai, e Rio Brilhante, na região de Dourados.

De acordo com o núcleo de comunicação da operação, a fiscalização voltada ao combate de irregularidades na aplicação de agrotóxicos por empresas de aviação agrícola. Hangares localizados nessas três cidades são alvos das diligências. A ação é desdobramento da primeira edição da Deriva, que em março resultou em sete aeronaves apreendidas e quatro empresas autuadas.

Em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, a empresa Agricenter foi autuada em R$ 1,6 milhão por utilizar produtos perigosos em desacordo com a legislação vigente e por prestar informação omissa em processo administrativo.

Segundo a assessoria, também foram apreendidos documentos relacionados a pousos, decolagens, aeronaves e pilotos, investigados por organização criminosa especializada em tráfico de drogas. Duas aeronaves foram interditadas, sendo que uma delas operava mesmo suspensa.

Em Rio Brilhante, a 160 km da Capital, a operação interditou cinco aeronaves das empresas Asas do Cerrado, Nórdica e Dimensão Aviação Agrícola. Pulverização agrícola sem a devida licença, documentos aeronáuticos vencidos, ausência de receituários agronômicos nos relatórios de pulverização e falta de pátio de descontaminação foram algumas das falhas constatadas pela perícia.

Já em Aral Moreira, a 364 km de Campo Grande, a Romaer Aviação Agrícola teve uma aeronave interditada. As equipes também constataram que o abastecimento das aeronaves era feito por funcionários sem treinamento e que não recebiam adicional de periculosidade.

Falta de equipamentos de proteção individual, instalações elétricas em condições precárias e descarte de resíduos sem observância às normas de saúde, higiene e segurança dos trabalhadores foram outras irregularidades.

Batizada em referência a situações em que o agrotóxico não atinge o local desejado e se espalha para outras áreas, a Operação Deriva integra uma série de fiscalizações ambientais conjuntas previstas para Mato Grosso do Sul. A ideia, segundo o núcleo da ação, é fazer inspeções periódicas de combate a danos ambientais e à saúde da população.

Órgãos envolvidos - A operação foi provocada pela Comissão de Combate aos Impactos de Agrotóxicos em Mato Grosso do Sul e coordenada pelos ministérios públicos federal, do trabalho e do Estado de Mato Grosso do Sul.

Participam da operação a PMA (Polícia Militar Ambiental), PRF (Polícia Rodoviária Federal), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Deco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado), Instituto de Criminalística da Polícia Civil, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Governo de Mato Grosso do Sul).

Nos siga no Google Notícias