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Interior

Operação do Gaeco desarticula grupo que lucrava R$ 14 mi com cocaína

Liana Feitosa e Helio de Freitas, de Dourados | 04/08/2015 10:20
Mandados foram cumpridos em garagens de veículos de Dourados. (Foto: Helio de Freitas)
Mandados foram cumpridos em garagens de veículos de Dourados. (Foto: Helio de Freitas)

A Operação Rédea Curta, executada na manhã desta terça-feira (4) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a pedido do MPE/MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), desarticulou uma quadrilha que comercializava, mensalmente, cerca de 20 kg de cocaína pura, alcançando faturamento anual de mais de R$ 14 milhões, segundo o MPE.

Para isso, a operação conta com 73 policiais militares, que atuam no cumprimento de 8 mandados de prisão preventiva, em Dourados e Itaporã. Além disso, já foram executadas 6 conduções coercitivas em Dourados, assim como 6 notificações e 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em Dourados, 1 em Itaporã e 1 em Ponta Porã.

Conforme levantamento do Campo Grande News, é grande a movimentação na sede do Ministério Público em Dourados. A todo momento chegam equipes com documentação e pessoas conduzidas.

Quando começou - A operação é resultado de um ano e meio de investigações. A organização criminosa atua no tráfico de drogas, mais precisamente com cocaína. O entorpecente era transportado de Ponta Porã para o interior dos estados de São Paulo e Paraná.

Colocada em compartimentos ocultos, previamente preparados nos painéis de veículos, a droga era conduzida por motoristas escoltados por batedores a serviço da quadrilha.

O líder, Wilton Leite da Costa, conhecido como “Vila Vargas”, utilizava identidades e CPFs falsos em nome de Wilton Leite e Costa, Wilton Andrade Leite, Wilton Leite Silva e Wilton Leite da Silva.

Ele comprava e vendia as drogas, pessoalmente, acertando com os compradores dos estados de São Paulo e do Paraná. O pagamento era feito em espécie, mas também, em veículos e quantias depositadas em contas bancárias de terceiros.

Garagens de veículos de Dourados e de Ponta Porã auxiliavam a quadrilha na comercialização dos carros. Para lavar o dinheiro ganho com o tráfico de drogas, Wilton Leite da Costa possuía diversas empresas, todas em nomes de laranjas, que também forneciam suas contas bancárias para o fluxo de dinheiro do tráfico de drogas.

Também foram apontados outros dois envolvidos, Rogério Esterque da Silva e Willian Cristaldo Boeira, que foi preso em flagrante conduzindo veículo com cocaína escondida sob o banco traseiro.

Apreensões - Ao longo das investigações ocorreram as prisões, em flagrante, de 21 pessoas por tráfico de drogas. Nessas apreensões, foram tirados de circulação 243 kg de cocaína, 1.365 kg de maconha, 4.112 kg de crack e 1.015 kg de haxixe.

A ação, denominada “Operação Rédea Curta”, conta com o apoio do DOF (Departamento de Operações de Fronteiras), do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) e da Polícia Militar do Estado.

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