ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Interior

Pela 2ª vez em 60 dias, Justiça nega pedido de liberdade ao PM que matou colega

Em outubro de 2019, o policial militar Izaque Leon matou a tiros o também PM Jurandir Miranda que namorava sua ex-mulher

Maressa Mendonça | 02/03/2020 17:48
Soldado da PM, Izaque Leon Neves matou o colega também policial Jurandir Miranda (Foto: Direto das Ruas)
Soldado da PM, Izaque Leon Neves matou o colega também policial Jurandir Miranda (Foto: Direto das Ruas)

A Justiça negou novamente o pedido de revogação de prisão feito pela defesa do policial militar Izaque Leon Neves, de 33 anos, acusado de executar, em outubro de 2019, o também PM Jurandir Miranda, de 47 anos, em lanchonete de Aquidauana, distante a 135 quilômetros de Campo Grande. Este é o segundo pedido feito pelos advogados do acusado em 60 dias. A decisão desfavorável ao réu é do juiz Alexandre Antunes da Silva.

No pedido, os advogados alegam que o ato praticado por Izaque ocorreu sob “excludente de ilicitude”, o que ocorre, por exemplo, em caso de necessidade ou legítima defesa.Outro argumento usado pela defesa na tentativa de explicar que os requisitos da prisão preventiva não estavam presentes, o de a ex-esposa de Izaque declarar, em juízo, não sentir medo de ser agredida por ele e também da ficha funcional dele ser excelente.

Conforme a decisão do juiz, o pedido se trata de "mera repetição do anterior", quando a Justiça decidiu pela manutenção da prisão. O magistrado comenta também que, neste período de dois meses entre as solicitações, “nenhum fator que determinou a manutenção da prisão foi alterado”.

Ainda de acordo com a decisão, outro fator determinante para manutenção da prisão é o fato de Izaque ter usado a arma da corporação. Além disso, ele já tinha antecedente criminal, tendo respondido processo militar por ameaças contra a vítima que acabou executando.

Em relação ao depoimento da ex-mulher de Izaque, o juiz reforça que "Existem indicativos mais que suficientes para demonstrar a prisão cautelar também é apta a protegê-la". Isto porque ela teve um relacionamento com a vítima à época do crime.

Outro argumento usado pelo juiz para manter a prisão de Izaque é o fato de o crime ter abalado os "princípios de hierarquia e disciplina" que regem a vida militar. Isto porque causou comoção no efetivo da PM local e do estado e em toda a cidade.

“Sendo a prisão preventiva admitida e estando presentes seus pressupostos e fundamentos, não há que falar em sua revogação ou na concessão da liberdade provisória”, finaliza o juiz.

O caso - o soldado Izaque Leon Neves matou o colega Jurandir Miranda com 7 tiros, em lanchonete na Rua Campo Grande, no Bairro Ovídio Campos, em Aquidauana . Ele teria assassinado o policial por ciúmes de sua ex-mulher, que era atual namorada de Jurandir.

Segundo relatos de testemunhas à polícia, os dois já haviam discutido por diversas vezes e trocado ameaças. Ambos chegaram a sofrer punições militares por causa da rixa.

Nos siga no Google Notícias