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Interior

Polícia conclui inquérito de roubo e aponta envolvimento de policial paraguaio

Graziela Rezende | 11/03/2014 08:30

A Polícia Civil concluiu as investigações do grupo fortemente armado que rendeu militares e roubou um agência bancária em Antônio João, município a 279 quilômetros da Capital. Segundo o delegado Alberto Vieira Rossi, a prisão de um foragido da Justiça, envolvido no assalto em outro município, foi primordial para a identificação dos demais bandidos. E além do PM de Antônio João, a Polícia recentemente descobriu o envolvimento no crime de mais um policial, de nacionalidade paraguaia.

“Com a prisão do Mauri Nunes da Costa, 33 anos, nós efetuamos buscas juntamente com a Polícia Federal, o Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e cumprimos ários mandados de busca e apreensão em Ponta Porã, sendo que em um dos endereços foi preso o foragido José Rodrigo Halke Domingues, 28 anos”, explica o delegado.

No local, também estava Valdecy José de Araújo, 47 anos, que apresentou documentos falsos em nome de Alexandre da Silva Araújo. Ele possuía 14 mandados de prisão expedidos pela justiça paulista, com envolvimento direto em roubos a bancos e carros de transportes de valores.

Em seguida, foram localizados Fábio Wilhans Rodrigues de Miranda, 33 anos, acusado de participar diretamente do roubo de Antônio João e de ser o responsável segundo o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) pela guarda de parte do armamento. “Ele inclusive foi preso na posse de duas pistolas calibre 9 milímetros e de uma carabina calibre 44”, fala o delegado.

Outro preso pelo Garras, sob acusação de envolvimento no crime é Bruno Alberto de Sousa, 21 anos, que durante abordagem policial dirigia um veículo Fiat Uno, cor vermelha, com placas do Paraguai e apresentou documentos falsos e foi autuado em flagrante, junto com outros comparsas.

Também foi preso durante as operações realizadas pelo Garras para esclarecer o crime, Ronaldo Almeida Cardoso, 46 anos, que cumpria pena no regime semiaberto de Ponta Porã. “O Ronaldo também teve participação direta no crime e tinha ligações com Antônio José de Souza”, afirma o delegado.

Policial envolvido - Durante as investigações ainda foi apurado que o responsável pelo repasse de informações aos criminosos seria o cabo da PM, Márcio Rodrigues, lotado no Batalhão da PM de Antônio João. Segundo o delegado, o cabo inclusive participou de reuniões para o planejamento da ação, que ocorreram na casa de Mauri Nunes e de outros integrantes de Pedro Juan Caballero.

Antolin Gaona Zayas, policial da Polícia Nacional Paraguaia também teve envolvimento no crime, de acordo com as investigações do Garras. “Foi necessário realizar um intercâmbio com a Senad do Paraguai, via Polícia Federal, para troca de informações e continuidade das diligências no país vizinho”, conta o delegado.

As diligências realizadas no Paraguai resultaram na prisão de Antoli, de Sérgio Daniel Riquelme Pucheta, 48 anos e na apreensão de capuzes, coletes balísticos, rádios transmissores, munições e drogas. De acordo com o delegado os coletes apreendidos na posse do policial paraguaio foram subtraídos do banco Bradesco. “Isso reforça as provas em relação a participação dos acusados”, diz.

Recentemente Antônio José de Sousa foi preso na cidade paraguaia Ciudad Del Este, que faz divisa com Foz do Iguaçu, no Paraná. “Ainda está foragido da justiça João Pucheta”, finaliza o delegado.

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