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Interior

Polícia volta ao local de confronto para tentar paz entre índios e sitiantes

Equipes da PM e da Polícia Federal seguiram nesta tarde para área próxima à Aldeia Bororó, em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 12/11/2021 16:20
Policiais no local onde índios e sitiantes vivem em guerra há três anos. (Foto: Direto das Ruas)
Policiais no local onde índios e sitiantes vivem em guerra há três anos. (Foto: Direto das Ruas)

Equipes da Polícia Militar e da Polícia Federal seguiram na tarde desta sexta-feira (12) para o local do confronto entre índios, sitiantes e policiais, ocorrido ontem nos arredores da Aldeia Bororó, em Dourados (a 233 km de Campo Grande).

A área, na divisa entre a reserva e propriedades rurais, fica a 3 km da Avenida Guaicurus, rodovia que liga o centro de Dourados ao aeroporto, à Cidade Universitária e ao quartel do Exército.

Nesta quinta-feira, policiais da Força Tática da PM deslocados para a região para evitar novo confronto entre índios e sitiantes, foram atacados com flechas e pedras atiradas de estilingue. O vidro da porta da viatura foi estilhaçado e um policial sofreu ferimentos leves.

Hoje de manhã, representantes da Funai e do MPF (Ministério Público Federal) se reuniram com policiais militares e federais para tentar estabelecer o fim dos conflitos. À tarde, os policiais seguiram para a área em cinco viaturas.

Sitiantes vizinhos relataram ao Campo Grande News, que os policiais foram direto para a divisa com a reserva indígena, para tentar conversar com os líderes do grupo, que se autodenomina “Resistência Jovem da Bororó”.

São 32 sítios e 12 sitiocas cercados pelos índios desde outubro de 2018. Eles reivindicam a inclusão das terras na Reserva Indígena de Dourados, criada pelo governo brasileiro em 1917.

Segundo estudo preliminar da Funai, quase 80 hectares dos 3.600 hectares da reserva “desapareceram” ao longo do século. Esse grupo de índios acusa os sitiantes de terem se apossado das terras. Entretanto, até agora, não foi feita nenhuma perícia para tentar identificar se de fato um pedaço da reserva federal foi invadida.

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