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Interior

Prefeita é alvo de protestos por fechar academias e conveniências

Comerciantes acusam Délia Razuk de proteger lojas do centro, atacadistas e os frigoríficos, epicentros do coronavírus em junho

Helio de Freitas, de Dourados | 09/07/2020 08:56
Representantes de conveniências e de academias de ginástica em frente ao bloco do gabinete da prefeita (Foto: Adilson Domingos)
Representantes de conveniências e de academias de ginástica em frente ao bloco do gabinete da prefeita (Foto: Adilson Domingos)

Donos de conveniências e representantes de academias de ginástica, incluindo proprietários e alunos, protestam na manhã desta quinta-feira (9) em frente à Prefeitura de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Eles cobram da prefeita Délia Razuk (PTB) a revogação do decreto publicado ontem determinando fechamento por dez dias desses estabelecimentos, além de estúdios, bares e tabacarias.

Os manifestantes se reuniram no estacionamento do estádio Douradão e seguiram a pé até o CAM (Centro Administrativo Municipal) e se concentraram em frente ao bloco onde fica o gabinete da prefeita. Quatro representantes serão recebidos pelo assessor Alexandre Mantovani.

Veja o vídeo:

De acordo com o Comitê de Gerenciamento de Crise da Covid-19, a medida foi adotada pela prefeita por orientação do núcleo de epidemiologia como forma de aumentar o isolamento social e conter a proliferação do novo coronavírus, que até ontem matou 38 pessoas em Dourados.

Entretanto, os comerciantes afetados pela medida reclamam que não são pontos de aglomeração e que a prefeita “fecha os olhos” para setores onde ocorrem surtos da covid-19, como os frigoríficos, e outros com grande concentração de pessoas, como atacadistas, supermercados, lojas do centro, agências bancárias e casas lotéricas.

“Conveniências em luto. Trabalhamos na grade e não servimos produtos para consumo no local. não somos os causadores de aglomerações”, afirma postagem que circula em redes sociais.

Já as academias afirmam que adotaram todas as medidas de higiene e de lotação máxima previstas no decreto que liberou a reabertura no final de abril, além das novas regras estabelecidas em junho.

“Cumprimos todas as medidas determinadas pela prefeitura e agora vem esse novo decreto que nos prejudica muito. Atividade física é saúde”, afirmou o proprietário de uma academia do centro.

Ontem à tarde, a prefeitura divulgou nota para informar que as conveniências poderão continuar funcionando através de delivery, assim como funcionam restaurantes e lanchonetes, mesmo durante o toque de recolher, que vai das 20h às 5h.

No domingo (12) termina o prazo determinado pela prefeitura no decreto que fecha no período da manhã as lojas do centro, reduziu o horário de funcionamento do shopping e suspendeu cerimônias religiosas.

A assessoria da prefeita Délia Razuk ainda não informou se a medida será prorrogada ou se as lojas voltam a funcionar normalmente na semana que vem.

Manifestantes concentrados no pátio da prefeitura (Foto: Adilson Domingos)
Manifestantes concentrados no pátio da prefeitura (Foto: Adilson Domingos)


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