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Interior

Prefeito e mais cinco são indiciados por desviar doações da Prefeitura

Anny Malagolini | 02/08/2016 15:49
Prefeito Erney Cunha (PT), acusado de contrabando (Reprodução)
Prefeito Erney Cunha (PT), acusado de contrabando (Reprodução)

A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira, 2, a Operação Vulcan da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), para desarticular esquema de desvios de pneus na prefeitura da Jardim. Pelo menos seis pessoas foram indiciadas, entre elas o Prefeito da cidade, Erney Cunha (PT), e o secretário de Obras, Dival Willeman de Souza. 

As investigações tiveram início em junho, após a Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado receber uma denúncia sobre o esquema que estava em atividade no município desde o ano passado. 

Segundo a delegada responsável pelo caso, Ana Claúdia Medina, durante as apurações foi verificado que a Prefeitura de Jardim recebeu a doação de 206 pneus da Receita Federal, no ano passado, no entanto, os produtos não seriam compatíveis com a frota da prefeitura. E por isso, o secretário de obras e o prefeito teriam então comercializado os pneus para lojas da cidade, inclusive de Bonito, em um esquema “2 por 1”, em troca de uma suposta permuta - durante a investigação, a delegada contou que foram constatados 131 pneus à venda em borracharias de Jardim, de acordo com Medina.

A delegada explicou que o caso é enquadrado como desvio, tendo em vista que os materiais foram doados. “Estava sem utilidade dentro da prefeitura por não ser compatível a frota, mas quando eles solicitaram a doação, sabiam do modelo. Se trata de gestão do patrimônio público ”, argumentou.

Erney é candidato a reeleição como prefeito de Jardim, mas devido ao envolvimento, pode ser enquadrado pela prática de improbidade e dar adeus a corrida eleitoral deste ano. À Polícia Civil, o prefeito negou envolvimento com a comercialização dos produtos doados, e disse que não faz parte da investigação. “A negociação foi realizada diretamente com o secretário de obras”, alegou.

Os comerciantes responsáveis pela revenda dos pneus são acusados de receptação qualificada, juntamente com os servidores públicos, que ainda foram indiciados por desviar patrimônio público, falsificação ideológica e peculato.

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