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Interior

Prefeitura terá de suspender transporte de estudantes que moram no Paraguai

Ministério Público recomendou ao prefeito de Coronel Sapucaia que adote lei para regulamentar transporte escolar

Helio de Freitas, de Dourados | 02/03/2017 14:08
Prefeitura terá de suspender transporte de estudantes que moram no Paraguai
Coronel Sapucaia, na fronteira com Capitán Bado (Foto: Divulgação)

A prefeitura de Coronel Sapucaia, cidade a 400 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, terá de suspender o transporte de estudantes que moram no outro lado da fronteira e estudam no Brasil.

A recomendação, direcionada ao prefeito Rudi Paetzold (PMDB), foi feita pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que pede ainda a adoção de uma lei para regulamentar o transporte escolar no município.

De acordo com o promotor de Justiça Luiz Eduardo Sant’Anna, o município precisa adotar uma lei específica para disciplinar os itinerários, transporte de pessoas e alunos atendidos pelos veículos públicos oficiais, “inclusive esclarecendo se atende os alunos residentes na cidade de Capitán Bado e adjacências”.

Luiz Eduardo afirma na recomendação que há muitos anos o município de Coronel Sapucaia tem feito o transporte de alunos residentes no Paraguai até estabelecimentos de ensino situados no Brasil, prática considerada irregular.

Na recomendação, o MP pede ao município uma campanha educativa de conscientização voltada aos pais de alunos para que colaborem para a efetivação do transporte escolar dos filhos, inclusive os que residem fora do país e estão matriculados em estabelecimento de ensino brasileiro.

“O que se pretende é efetivar o direito de acesso à educação e à probidade administrativa, que deverá ser norteado pelos princípios da legalidade, moralidade e eficiência da administração pública, prevenindo as responsabilidades de natureza civil, administrativa e criminal", afirma o promotor.

Ele defende uma articulação entre as duas cidades para a implantação de um serviço conjunto, dentro da lei. “A continuidade desta rota irregular trafegada diariamente por veículo oficial pode vir a acarretar em maior risco à vida e à segurança das crianças e adolescentes que utilizam o serviço, aumentando o risco de acidentes, mormente pela dificuldade de reparos emergenciais em território estrangeiro”, diz a recomendação.

A prefeitura tem dez dias para informar se vai acatar ou não a recomendação do Ministério Público.

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