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Interior

Presa, ex-namorada nega que encomendou emboscada para assassinato de jogador

Rubia Joice, de 21 anos, afirma que ex invadiu sua casa e morreu com tiro disparado por “ficante”

Anahi Zurutuza | 04/07/2023 19:38
Casal em foto publicada por Rubia no Instagram (Foto: Reprodução)
Casal em foto publicada por Rubia no Instagram (Foto: Reprodução)

Presa após se apresentar à Polícia Civil, Rubia Joice de Oliver Luivisetto, 21, ex-namorada do jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19, que foi assassinado e esquartejado em Sete Quedas, prestou novo depoimento. Disse que havia mentido anteriormente para a polícia por medo de Danilo Alves Vieira da Silva, 19, apontado como autor do tiro que matou o jovem, negou ser a mandante do assassinato, emboscada para atrair a vítima até sua casa e ajuda para se livrar do corpo.

Acompanhada dos advogados Alberi Rafael Dehn Ramos e Felipe Cazuo Azuma, a jovem afirmou que foi ameaçada por Danilo após o crime. Relatou que já namorou o suspeito de assassinato e apesar do término, os dois sempre se falavam. De tempos em tempos, eles se encontravam.

Rubia narrou ainda que, na noite do dia 24 de junho, um sábado, foi para uma festa em posto de combustível na cidade de Pindoty Porã, no Paraguai, a mesma onde Hugo foi visto pela última vez, e saiu de lá quase de manhã. Embora a tia do jogador tenha relatado que, no dia do desaparecimento, Hugo havia contado para a família que estava recebendo várias mensagens da ex-namorada e que ela pedia para que o ex a encontrasse, mas ele dizia que “não queria mais”, no interrogatório, a jovem negou ter conversado com o jovem naquele dia. Disse ainda que nem falou com o ex na festa.

A ex-namorada contou que passou a noite na mesma mesa de Danilo e o rapaz, quando estava de saída, pediu que ela fosse até a casa dele buscá-lo para que os dois passassem a noite juntos. Já estava quase amanhecendo quando ela decidiu deixar o local e foi até Danilo. Na casa do “ficante”, também estava um amigo dela.

Ouvido como testemunha, o rapaz alegou que combinou de mentir em depoimento a pedido de Rubia Joice, mas se arrependeu com medo das consequências.

A jovem afirma, porém, que pegou Danilo e o amigo e todos seguiram para a casa dela. O rapaz foi para um dos quartos, enquanto ela e o “ficante” foram para outro. Em determinado momento, narrou a jovem, Hugo teria invadido a casa e entrado no quarto a chamando de vagabunda. Ela se levantou e tentou empurrá-lo para fora da residência, quando de repente, pelas suas costas, Danilo atirou contra Hugo.

Ela diz que o “ficante” mandou que todo mundo ficasse quieto ou todos morreriam e que, então, ele e o amigo colocaram o corpo no carro dela para se livrarem dele. Disse que não sabia o que havia sido feito do cadáver, muito menos do esquartejamento.

Hugo Vinícius Skulny Pedrosa foi morto aos 19 anos. (Foto: Reprodução do Instragram)
Hugo Vinícius Skulny Pedrosa foi morto aos 19 anos. (Foto: Reprodução do Instragram)

A moça afirmou ainda que não atraiu o ex-namorado para sua casa e que o fato de ele ter aparecido lá, se encontrando com Danilo armado, foi coincidência. A jovem acrescentou que o “ficante” não gostava de Hugo, pois sabia que o ex era ciumento e supostamente já havia agredido Rubia.

A ex-namorada contou ainda que foi para a chácara da avó e demorou relatar à família o que havia acontecido, também por medo.

Ela só se apresentou à polícia na segunda-feira (3), depois que partes do corpo de Hugo começaram a ser encontradas, e está presa pelo crime de ocultação de cadáver.

Equipes das polícias Civil e Militar e da Perícia durante buscas por Hugo (Foto: PCMS/Divulgação)
Equipes das polícias Civil e Militar e da Perícia durante buscas por Hugo (Foto: PCMS/Divulgação)

O crime – Conforme a investigação, na madrugada do dia 25 de junho, o jogador de futebol saiu da festa em Pindoty Porã, no Paraguai, que faz fronteira com Sete Quedas - cidade a 71 km de Campo Grande, no sul do Estado. Ele foi deixado por amigos na casa da ex-namorada e desde então, não havia mais sido visto.

No domingo, 2 de julho, partes do corpo de Hugo começaram a ser encontradas no Rio Iguatemi. Uma tatuagem ajudou na identificação da vítima.

Durante as diligências, a polícia apreendeu quatro veículos, entre carros e um barco, vários celulares e instrumentos que podem ter sido utilizados no crime. Tudo está sendo periciado e partes do corpo da vítima ainda estão sendo procuradas.

Ainda segundo a polícia, o jogador foi morto com três tiros, pelo menos um deles na cabeça, e esquartejado com uma serra elétrica.

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