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Interior

Sem máscara, advogada tentou impedir trabalho de agentes, diz Guarda

“Todos os procedimentos legais e administrativos foram observados pelos servidores”, disse Guarda em nota

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 09/03/2021 19:26


O SINGMD (Sindicato dos Guardas Municipais de Dourados) saiu em defesa dos agentes envolvidos na abordagem a aglomeração onde a advogada Thalita Peixoto, de 29 anos, acabou sendo presa no último domingo (07), no município que fica a 233 quilômetros da Capital.

 Vídeo compartilhado nas redes sociais, mostra a mulher resistindo a condução enquanto estava em frente a uma residência onde havia carro com som alto, acompanhada de amigos. Em nota a Guarda informou que, conforme boletim registrado na Polícia Civil pelos agentes, observa-se que, em tese, “todos os procedimentos legais e administrativos foram observados pelos servidores”.

“No local ocorria uma aglomeração e alguns veículos estacionados sobre a calçada e com som alto ligado, ‘no mesmo dia em que a taxa de ocupação dos leitos de UTI (SUS) chegou a 100%’”, diz a nota. A ocorrência de domingo foi a segunda vez que os guardas foram apurar denúncia de perturbação de sossego feita pelos moradores.

Ainda conforme a guarda, além de estarem infringindo a determinação do poder público, destinada a impedir a propagação de doença contagiosa, as pessoas detidas durante a abordagem teriam desacatado os servidores.

“Tentaram impedir a atuação dos agentes durante toda a ocorrência (Art. 330, CP) e ainda, denegriram a imagem dos servidores que estavam no desempenho da função pública (Art. 331, CP), tudo isso no pior momento da pandemia”, comenta.

O sindicato também ressaltou que a advogada, estava no local dos fatos “sem uso de máscara de proteção”, tendo se apresentada como proprietária de um dos veículos, que estavam estacionados na “calçada” e que possuía “restrições administrativas”, o que resultou no recolhimento do carros. Ela também teria ofendido os agentes.

“Visando impedir este ato a mesma desacatou a guarnição, sendo conduzida para delegacia para serem adotadas as medidas cabíveis, em virtude dos próprios atos praticados e não pelo exercício da profissão”. Por fim, o sindicato informou que preza pela “rigorosa apuração dos fatos”, com a observância do devido processo legal e estará acompanhando os procedimentos adotados.

O caso - Parte da confusão foi gravada e compartilhada nas redes sociais. As imagens mostram o guarda pegando no braço da advogada e ela pedindo para que ele não encostasse nela. Durante a abordagem, Thalita ainda pede para que o agente chame uma guarda mulher.

A gravação tem apenas 30 segundos, não mostra a advogada entrando na viatura, mas ela afirma que não resistiu ao receber a ordem de entrar no veículo, apesar do vídeo mostrar ela argumentando contra a medida. Em seguida, a viatura saiu do local e foi ao encontro de outra guarnição onde tinha uma agente mulher, para fazer a revista pessoal da advogada.

A situação chegou até a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), que nesta manhã (8), emitiu uma nota de repúdio contra a ação dos guardas e também pediu o afastamento imediato dos agentes por abuso de poder.

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