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Interior

Sem ouvir vítima, polícia indicia sete por atentado contra empresário

Inquérito foi concluído sexta sem que empresário fosse ouvido por continuar internado; mulher dele, um funcionário da empresa e outros cinco homens foram indiciados por crime qualificado

Helio de Freitas, de Dourados | 25/02/2019 11:54
Os sete presos pelo atentado contra dono de agência de turismo foram indiciados por crime qualificado (Foto: Adilson Domingos)
Os sete presos pelo atentado contra dono de agência de turismo foram indiciados por crime qualificado (Foto: Adilson Domingos)

A Polícia Civil indiciou por homicídio “qualificado por promessa de recompensa na forma tentada” as sete pessoas presas pelo atentado contra o empresário José Pereira Barreto, 38, dono da Euro Tur Viagens e Turismo. Ele foi alvo de pistoleiros contratados pela própria esposa, no dia 13 deste mês, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Foram indiciados a mulher dele, Valdirene Fiorentino da Silva, 35, o funcionário da vítima, Pedro Jorge Braga Cancio Junior, 29, que ajudou Valdirene a planejar o crime, Charles Barros de Lima Ribeiro, 21, que disparou os tiros, Paulo Vitor dos Santos, 32, que pilotou a moto, e outros três envolvidos diretamente no planejamento do crime – Leandro Alves Gonçalves, 24, David Jonathan dos Santos, 29, e João Paulo Alves Cardoso, 26.

Ao Campo Grande News, o delegado Rodolfo Daltro, chefe do SIG (Serviço de Investigações Gerais) e responsável pelas investigações, disse que Leandro também foi indiciado por porte ilegal de arma de uso restrito, já que o revólver calibre 357 usado no atentado estava com ele.

Daltro disse que concluiu o inquérito sem ouvir o depoimento de Barreto, pois o empresário continuava internado até a semana passada. Por isso ele só será ouvido em juízo.

Além de vítima, o empresário responde por porte ilegal e posse ilegal de arma, já que na caminhonete usada por ele foi encontrada uma pistola calibre 380. Na casa, foi encontrada outra arma, uma pistola calibre 9 milímetros.

Barreto também terá de explicar a origem do dinheiro encontrado na caminhonete e na casa dele. No veículo foram encontrados R$ 63 mil e outros R$ 449 mil na casa dele, onde também existem três cofres que só podem ser abertos com as impressões digitais do empresário.

Liberdade negada – Na sexta-feira (22), o juiz da 3ª Vara Criminal Eguiliell Ricardo da Silva negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Valdirene.

“A manutenção da custódia cautelar da requerente é necessária para garantia da ordem pública em razão da gravidade concreta, tendo em vista que, em tese, a ré teria planejado a morte de seu marido, que somente não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade”, afirmou o magistrado ao negar a liberdade.

Ele continua: “A tentativa de homicídio teria ocorrido em via pública, e em horário de intenso movimento, colocando em perigo a vida de outras pessoas que passavam pelo local”.

No dia 20, Valdirene foi transferida para o presídio feminino de Jateí após ficar uma semana presa na 1ª Delegacia de Polícia Civil.

Ela esperava vaga em algum presídio feminino, já que Dourados não possui unidade exclusiva para mulheres. Os outros envolvidos estão na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) há cinco dias.

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