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Suspeita de atropelar amigo faz silêncio e outra diz não se lembrar de nada

As duas mulheres foram ouvidas segunda-feira em Dourados e polícia investiga o caso

Helio de Freitas, de Dourados | 24/03/2021 17:18
Everton Azevedo Figueiredo, atropelado na madrugada do dia 14 (Foto: Reprodução)
Everton Azevedo Figueiredo, atropelado na madrugada do dia 14 (Foto: Reprodução)

Foi colocada em sigilo a investigação sobre a morte do motociclista Everton Azevedo Figueiredo, 26, ocorrida na madrugada do dia 14 deste mês em Dourados, a 233 km de Campo Grande. O rapaz conduzia sua moto pela Vila Toscana, região oeste da cidade, quando bateu em buraco no asfalto e caiu.

Após a queda, ele foi atropelado por outro veículo e morreu no local. A principal suspeita da polícia é que o rapaz tenha sido atropelado pela caminhonete S10 ocupada por duas amigas dele e que seguiam atrás da moto.

Ângela Aparecida Rodrigues da Silva, 21, e Adriana Aquino Reinozo, 35, as duas mulheres que estavam minutos antes com Everton, se apresentaram segunda-feira (22) na 1ª Delegacia de Polícia Civil, mas pouco ajudaram para elucidar a morte.

A reportagem apurou que na segunda, antes de o caso ser colocado em sigilo a pedido do advogado de defesa, o polícia incluiu Ângela no boletim de ocorrência como autora do atropelamento e Adriana como testemunha.

Ao Campo Grande News, o advogado delas, Helton Bruno Gomes, disse que Ângela usou o direito garantido pela Constituição de ficar em silêncio. Já Adriana, dona da casa onde Everton estava momentos antes de morrer, alegou à polícia ter ficado “em estado de choque” e que por isso não se lembra do ocorrido.

Ainda segundo o advogado, Adriana confirmou que os três estavam na casa dela. De madrugada, o rapaz teria decidido ir embora. Ela e Ângela teriam insistido para ele não sair de moto afirmando que o levariam para casa. Entretanto, Everton não atendeu ao pedido e saiu. As duas saíram atrás dele, na caminhonete.

Apesar de alegar ter ficado em estado de choque, Adriana disse que ela e a amiga, quando encontraram o rapaz caído na rua, ligaram para o socorro. Imagens de câmeras do local que estão em poder da polícia mostram a caminhonete parada por pelo menos um minuto. Depois o veículo deixa o local do acidente.

A morte ocorreu na Rua Manoel Alves dos Santos. A perícia constatou que Everton caiu da moto após bater em vários buracos no asfalto, mas também foi atropelado por outro veículo devido. Havia marcas de pneus no peito e na barriga do rapaz.

O SIG passou a investigar o caso e descobriu que Everton estava na casa de Adriana, juntamente com outra mulher chamada Ângela, no condomínio Villagio Florença.

Através das imagens das câmeras do condomínio e de outras residências daquela região, os policiais descobriram que durante a madrugada Everton deixou o local de moto e as duas mulheres saíram logo atrás na caminhonete S10.

Quando souberam que a polícia já estava atrás delas, as duas informaram através do advogado que iriam se apresentar. A caminhonete usada por elas naquela madrugada não foi apresentada e até ontem a polícia não havia requisitado o veículo para perícia.

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