Suspeito de matar o irmão procura polícia e afirma que atingiu após ser agredido
Clodiney morreu com uma facada no peito e foi encontrado pela polícia no quintal da casa do irmão, com um pedaço de madeira na mão

Apontado como assassino do próprio irmão, Claudemir Calvis Arguilera, de 39 anos, se apresentou à polícia na tarde desta segunda-feira (27) e detalhou como o crime aconteceu. Na versão contada por ele, Clodiney Calvis Arguilera, de 34 anos, foi ferido sem querer, durante um aparente ataque de fúria.
O caso aconteceu na madrugada de domingo (26), na casa de Claudemir, em Terenos – a 25 km de Campo Grande. Clodiney morreu com uma facada no peito e foi encontrado pela polícia no quintal da casa do irmão, com um pedaço de madeira na mão e rodeado de várias latas de cerveja.
Nesta tarde, Claudemir explicou o que houve. Ao Campo Grande News o advogado do suspeito, Paulo Macena detalhou a versão do cliente. Ele contou que os dois são vizinhos e na noite de sábado jantaram juntos. Em determinada hora da madrugada, Clodiney deixou a casa e o irmão foi dormir.
Cerca de 40 minutos depois, Claudemir acordou com o barulho dos vidros do carro sendo quebrados. Como o quintal é aberto, conta o advogado, pensou que alguém tentava roubar o veículo, se levantou e pegou uma faca da cozinha. Assim que abriu a porta, foi atacado, pelo próprio irmão, com uma cadeira de madeira.
Para de defender, ergueu a faca e ao fazer o movimento atingiu o irmão. Com isso Clodiney correu, mas caiu a poucos metros, no quintal. Desnorteado, o proprietário da casa ligou para a polícia, mas fugiu antes dos militares chegarem. “Ele ligou cinco vezes para a polícia, as chamadas estão registradas no celulares dele. Ele está muito abalado”, contou o advogado.
Segundo Paulo Macena, Claudemir passou por exames de corpo de delito para comprovar as agressões cometidas pelo irmão, prestou depoimento e foi liberado, já que não tem nenhuma passagem pela polícia e trabalho como operador de produção há 12 anos na mesma empresa. Para a reportagem, o defender ressaltou que em nenhum momento houve briga, por isso não havia motivo para o crime ou até mesmo o ataque de Clodiney contra o irmão.
“A família está muito abalada com tudo que aconteceu. Ele chora muito, não sabe explicar o que aconteceu com o irmão, se ele tinha usado alguma coisa. Não tinham discutido e a testemunha confirma isso”, reforçou o advogado. O caso é investigado pela Polícia Civil como homicídio simples.