ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  16    CAMPO GRANDE 29º

Interior

Suspeito de matar o irmão procura polícia e afirma que atingiu após ser agredido

Clodiney morreu com uma facada no peito e foi encontrado pela polícia no quintal da casa do irmão, com um pedaço de madeira na mão

Geisy Garnes | 27/07/2020 17:59
Suspeito de matar o irmão procura polícia e afirma que atingiu após ser agredido
No quintal que o crime aconteceu, era possível ver o caro do autor com os vidros quebrados (Foto: Paulo Francis)

Apontado como assassino do próprio irmão, Claudemir Calvis Arguilera, de 39 anos, se apresentou à polícia na tarde desta segunda-feira (27) e detalhou como o crime aconteceu. Na versão contada por ele, Clodiney Calvis Arguilera, de 34 anos, foi ferido sem querer, durante um aparente ataque de fúria.

O caso aconteceu na madrugada de domingo (26), na casa de Claudemir, em Terenos – a 25 km de Campo Grande. Clodiney morreu com uma facada no peito e foi encontrado pela polícia no quintal da casa do irmão, com um pedaço de madeira na mão e rodeado de várias latas de cerveja.

Nesta tarde, Claudemir explicou o que houve. Ao Campo Grande News o advogado do suspeito, Paulo Macena detalhou a versão do cliente. Ele contou que os dois são vizinhos e na noite de sábado jantaram juntos. Em determinada hora da madrugada, Clodiney deixou a casa e o irmão foi dormir.

Cerca de 40 minutos depois, Claudemir acordou com o barulho dos vidros do carro sendo quebrados. Como o quintal é aberto, conta o advogado, pensou que alguém tentava roubar o veículo, se levantou e pegou uma faca da cozinha. Assim que abriu a porta, foi atacado, pelo próprio irmão, com uma cadeira de madeira.

Para de defender, ergueu a faca e ao fazer o movimento atingiu o irmão. Com isso Clodiney correu, mas caiu a poucos metros, no quintal. Desnorteado, o proprietário da casa ligou para a polícia, mas fugiu antes dos militares chegarem. “Ele ligou cinco vezes para a polícia, as chamadas estão registradas no celulares dele. Ele está muito abalado”, contou o advogado.

Segundo Paulo Macena, Claudemir passou por exames de corpo de delito para comprovar as agressões cometidas pelo irmão, prestou depoimento e foi liberado, já que não tem nenhuma passagem pela polícia e trabalho como operador de produção há 12 anos na mesma empresa. Para a reportagem, o defender ressaltou que em nenhum momento houve briga, por isso não havia motivo para o crime ou até mesmo o ataque de Clodiney contra o irmão.

“A família está muito abalada com tudo que aconteceu. Ele chora muito, não sabe explicar o que aconteceu com o irmão, se ele tinha usado alguma coisa. Não tinham discutido e a testemunha confirma isso”, reforçou o advogado. O caso é investigado pela Polícia Civil como homicídio simples.

Nos siga no Google Notícias