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Interior

Três pessoas estão nas mãos de terroristas no Paraguai, um há 5 anos

Pecuarista foi levado por mesmos guerrilheiros que sequestraram rapaz morto em MS

Helio de Freitas, de Dourados | 05/07/2021 17:18
Oscar Denis, Edelio Morinigo e Félix Urbieta, que estão em poder de guerrilheiros (Foto: ABC Color)
Oscar Denis, Edelio Morinigo e Félix Urbieta, que estão em poder de guerrilheiros (Foto: ABC Color)

Grupos guerrilheiros que há pelo menos 15 anos travam luta com o governo e espalham terror na região norte do Paraguai mantêm atualmente três cidadãos do país vizinho como reféns. O sequestro mais longo até agora é do pecuarista Félix Urbieta, levado em outubro de 2016.

Pelo menos um dos sequestradores de Urbieta, Florenciano Bernal Maíz, participou do sequestro de Jorge Manuel Ríos, 24, levado dia 28 de junho da propriedade de sua família na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

Jorgito foi executado e o corpo encontrado sexta-feira (2) entre os municípios de Caracol e Porto Murtinho, perto do Rio Apa, em território sul-mato-grossense.

Segundo a polícia paraguaia, quando participou do sequestro de Urbieta, Florenciano Bernal fazia parte do EPP (Exército do Povo Paraguaio), maior grupo terrorista em atuação no Paraguai. Depois o grupo se dividiu e Florenciano e seus irmãos criaram a ACA (Agrupação Campesina Armada) “Exército do Povo”.

“Florenciano Bernal chegou em casa com Antonio Ramos [outro guerrilheiro] e sequestraram meu pai. O levaram assim como levaram Jorgito. Eles têm muito apoio logístico. Não sabemos de quem, mas têm”, reclamou hoje (5) a filha de Félix Urbieta, Liliana Urbieta.

Ela cobrou ações do governo paraguaio para acabar com os grupos guerrilheiros que espalham terror em pelo menos quatro departamentos (equivalentes a estados) próximos da fronteira. “A única coisa que queremos é saber a verdade, onde está papai”.

Além do pecuarista, atualmente estão em poder dos sequestradores o policial Edelio Morinigo, sequestrado há exatamente sete anos (em 5 de julho de 2014), e o ex-vice-presidente do Paraguai Oscar Denis, levado pelo EPP em setembro do ano passado.

No ano passado surgiram boatos de que Edelio tenha se aliado aos guerrilheiros, mas a família dele descarta essa hipótese. A última prova de que ele estava vivo foi vídeo divulgado três meses depois do sequestro.

A família de Oscar Denis também não recebe informações sobre o ex-político há meses. Ele foi levado de sua fazenda na região de fronteira perto de Bella Vista Norte, cidade vizinha de Bela Vista (MS).

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