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Interior

Usina atrasa pagamento de R$ 1,5 milhão a proprietários de terras

Caroline Maldonado | 13/03/2015 10:06
Usina Santa Luzia tem capacidade para moer 6 milhões de toneladas de cana (Foto: Divulgação/Odebrecht Agroindustrial)
Usina Santa Luzia tem capacidade para moer 6 milhões de toneladas de cana (Foto: Divulgação/Odebrecht Agroindustrial)

O grupo Odebrecht Agroindustrial, atrasou o pagamento de aproximadamente R$ 1,5 milhão a proprietários que arrendam terras para a Usina Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul, a 120 quilômetros de Campo Grande. De acordo com o Sindicato Rural do município, as parcelas deveriam ser repassadas a aproximadamente 50 fazendeiros, há três dias.

Segundo a presidente do sindicato, Telma Menezes, o grupo que comanda a usina informou que atrasou o pagamento, porque a matriz não repassou a quantia no dia programado. “É uma parceria que a usina tem com os proprietários, que recebem parte da renda em parcelas. Esse atraso nunca ocorreu antes”, detalhou Telma, quanto ao arrendamento dos cerca de 80 mil hectares usados para plantio de cana-de-açúcar.

A reportagem aguarda resposta, via email, da assessoria de imprensa da Odebrecht Agroindustrial, quanto ao atraso nos pagamentos. Segundo Telma, o grupo informou que pretende pagar ainda hoje (13) as parcelas de menor volume e na próxima semana fará os pagamentos de alto valor. “Acreditamos que eles vão pagar nesse prazo e se responsabilizar com multas e moras previstas nos contratos”, afirmou a presidente do sindicato.

Costa Rica – Proprietários que arrendam mais de 50 mil hectares para outra usina, que leva o nome do grupo, em Costa Rica, a 305 quilômetros de Campo Grande, estão apreensivos com relação aos próximos pagamentos.

Por lá, não houve atraso nas parcelas que ocorrem em datas variadas, mas o pessoal da empresa que gerencia os arrendamentos informou que não haverá pagamento nos próximos 120 dias, segundo o presidente do Sindicato Rural de Costa Rica, Valdeci Pelizer.

“Estive com o pessoal que mexe com a parte de arrendamento e me passaram essa informação de que não haverá os próximos pagamentos por conta do fluxo de caixa, estão sem dinheiro para pagar”, contou Valdeci, que tenta marcar uma reunião com o superintendente da Odebrecht no município, Luiz Paulo Santana, para ter uma informação oficial.

As próximas parcelas estão previstas para a próxima sexta-feira (20), segundo Valdeci, que comunicou os produtores sobre a ameaça de atraso nos depósitos. “Em geral, não temos problemas de falta de pagamento. Somente, no ano passado houve uma vez que eles pediram paciência para que esperássemos cincou ou seis dias”, comentou Valdeci.

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