ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

Intervenção deixa Santa Casa fora de programa de crise

Redação | 24/01/2008 16:40

A instabilidade na Santa Casa de Campo Grande foi o motivo principal para a exclusão do hospital de um programa consorciado entre a iniciativa privada e Petrobras que tem como objetivo tirar hospitais da crise. O programa é administrado pela CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) com recursos da Gerdal e da Petrobras. A meta é garantir eficiência a 2,1 mil hospitais filantrópicos do País por meio da aplicação de programa específico, mas para ter acesso ao benefício, as associações mantenedoras devem estar à frente da administração.

Conforme o superintendente da CMB, José Roberto Spigolon, entre os pré-requisitos para receber o auxilio está a forma de administração dos hospitais. "A pessoa jurídica da ABCG (Associação Beneficente Campo Grande) continuou filiada à confederação, mas não tem mais a gestão do hospital e não está dentro de nossos critérios. Não teríamos a ousadia de levar o programa à junta interventora", justificou.

Caso não estivesse sob intervenção, a Santa Casa de Campo Grande atenderia à maioria das exigências para a inclusão no programa. A principal delas é estar em crise. Na primeira etapa do programas foram eleitos 248 hospitais de todas as regiões do País, correspondendo a 10% deste tipo de entidade filantrópica. Para estes locais será aplicado o programa Kaisen, um modelo de administração desenvolvido pela montadora japonesa Toyota adaptado ao setor da saúde.

O programa tem como meta conferir eficiência de gestão em todos os setores das empresas com o auxílio de consultores especializados que foram treinados pela CMB. O enfoque será para gestão estratégica, de modernização e do processo operacional. A expectativa é que questões como controle de estoque de medicamentos e atendimento ao paciente sejam garantidos sem prejuízos por compras mal planejadas, ou procedimentos ineficientes. Ou seja, o bojeitov é deixar os hospitais mais dinâmicos.

O modelo de gestão foi testado no segundo semestre de 2007 em 50 hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul. Além dos consultores e de um software específico, o programa prevê o fornecimento de equipamentos de informática. O atendimento é gratuito, mas os hospitais precisam cumprir as metas para garantir a eficiência preconizada pelo programa.

Nos siga no Google Notícias