ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Cidades

Julgamento de acusados de matar Marcos Veron entra no 3º dia em SP

Aline dos Santos | 23/02/2011 07:40
Marcos veron foi morto em 2003, em Juti.
Marcos veron foi morto em 2003, em Juti.

O julgamento dos acusados pela morte do líder indígena guarani-caiuá Marcos Veron entra hoje no terceiro dia. A pedido do MPF (Ministério Público Federal), o júri popular foi transferido de Dourados para São Paulo. O líder indígena foi morto em 2003, em Juti.

Ontem, os jurados – seis homens e uma mulher – ouviram o depoimento de seis índios, vítimas do ataque que resultou na morte de Veron. Hoje, será ouvida a sétima vítima.

Pelo cronograma, em seguida, acontece a oitiva de cinco testemunhas de acusação (três são indígenas), de duas testemunhas de defesa e de uma testemunha determinada pela juíza.

O julgamento, previsto para durar de oito a 15 dias, também terá o interrogatório dos três réus, debates entre defesa e acusação, reunião dos jurados e definição da sentença.

Estão no banco dos réus três seguranças acusados pela autoria do crime: Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde. Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e meio cruel, tortura, seis tentativas qualificadas de homicídio, seis crimes de sequestro, fraude processual e formação de quadrilha.

Outras 24 pessoas foram denunciadas por envolvimento no crime. A acusação vai pedir pena máxima, o que pode resultar em mais de 30 anos de prisão.

O julgamento é presidido pela juíza federal Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal Criminal. O júri acontece no Fórum Federal Criminal Ministro Jarbas Nobre.

Conforme a denúncia, os índios foram atacados na madrugada do dia 13 de janeiro de 2003. Sete índios foram sequestrados, amarrados na carroceria de uma caminhonete e levados para local distante da fazenda, onde passaram por sessão de tortura.

Um dos filhos de Veron, quase foi queimado vivo. Já a filha, grávida de sete meses, foi espancada. Marcos Verón foi agredido com socos, pontapés e coronhadas de espingarda na cabeça. Ele morreu por traumatismo craniano.

Nos siga no Google Notícias