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Cidades

Justiça bloqueia celulares de dona de bar, mas presos recebem ligações

Mariana Lopes e Viviane Oliveira | 19/07/2013 08:48
Maria Helena reclama que ainda está pagando um dos celulares que foi bloqueado. (Foto: Cleber Gellio)
Maria Helena reclama que ainda está pagando um dos celulares que foi bloqueado. (Foto: Cleber Gellio)

Investigada “por passar informações por telefone" a familiares de detentos do Presídio de Segurança Máxiama de Campo Grande, a comerciante Maria Helena Dias Costas, 47 anos, teve três linhas da operadora Claro, assim como os aparelhos de celular, bloqueadas há dois meses. Ela conta que os celulares ainda funcionam dentro do presídio, enquanto os seus continuam bloqueados.

Dona de um bar localizado bem em frente ao presídio, no Jardim Noroeste, ela tem o ponto no local há 14 anos e alega que é muito conhecida na região. “Como sou muito conhecida, tem mulher de preso que me liga para saber alguma coisa relacionada ao movimento do presídio, mas sempre tive um relacionamento comercial com os clientes, nunca forneci nenhuma informação”, justifica.

Segundo Maria Helena, ela ligou na Claro e foi informada de que os números estavam sob investigação da Polícia e, diante disso, a operadora não podia fazer nada. A comerciante afirma que outros moradores da região também estão com as linhas bloqueadas.

Um dos aparelhos, que custou R$ 329, ela ainda está pagando, mas, há 20 dias, precisou comprar outro para atender os fornecedores do bar. “Tenho medo de bloquearem a outra linha também, o celular no presídio continua funcionando e o meu está bloqueado”, reclama Maria Helena.

Depois da Operação Blecaute, desencadeada em maio deste ano em Mato Grosso do Sul, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Polícia Militar, 4 mil linhas de celulares estão em investigação e foram bloqueadas pela Justiça.

O pedido foi feito pelo Ministério Público e acatado pela justiça. As linhas são usadas por membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa organizada dentro dos presídios, no entanto Maria Helena nega qualquer envolvimento relacionado a preso e afirma que nunca usou o celular para passar informção para familiares de internos.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da operadora Claro e aguarda retorno.

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