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Cidades

Plano prevê R$ 60 milhões para recuperar o Rio Taquari

Redação | 04/09/2009 14:53

O Governo federal deverá investir R$ 60 milhões no plano de recuperação da bacia hidrográfica do Rio Taquari, em Mato Grosso do Sul. Com extensão de 800 quilômetros, sendo 500 quilômetros no Estado, o rio vem sofrendo degradação ambiental desde a década de 70 do século passado.

Os recursos foram garantidos pelo Governo estadual e pela bancada federal. As propostas valorizam a recomposição de corredores de biodiversidade, ligando as áreas do alto, médio e baixo Taquari e a recuperação de sistemas sustentáveis de produção e economia das comunidades que vivem na região da planície do rio Taquari.

Através de esforço conjunto do governo estadual e da bancada federal, em 2007 o Fundo Nacional do Meio Ambiente destinou recursos através de cinco editais para o plano de recuperação do rio Taquari. Os cinco editais contemplaram projetos do governo estadual, sendo que três deles já têm R$ 5 milhões em caixa e deverão ser executados a partir deste mês.

O primeiro projeto trata da elaboração de gestão integrada de resíduos sólidos, a qual vai determinar qual o melhor encaminhamento do lixo produzido pelos municípios que integram a bacia, de forma a causar mínimos impactos ambientais, com recursos de R$ 58 mil, a ser executado num prazo de 12 meses.

O segundo projeto visa à recuperação e conservação de 32 micro bacias hidrográficas em situação crítica. Serão R$ 3,8 milhões para atender, inicialmente, sete dessas bacias em um prazo de 18 meses.

O terceiro projeto é referente à produção de mudas nativas e frutíferas que serão utilizadas no reflorestamento de áreas degradadas como áreas de preservação permanente. Com recursos da ordem de R$ 385 mil, será desenvolvida uma rede de viveiros de mudas nos municípios da região, além da ampliação do viveiro de mudas do governo do Estado, localizado em São Gabriel do Oeste. De lá, as plantas serão levadas para áreas pré-estabelecidas, onde passarão por processos de adaptação e aclimatização para então serem plantadas.

Mais obras - Além desses projetos, que devem ter seus editais para licitação de execução de obras abertos até o final do mês de setembro, o Governo federal prevê a destinação de outros R$ 55 milhões, através de um grupo de trabalho interministerial (GTI), de forma a atender toda a bacia hidrográfica do Taquari.

"Serão intervenções como dragagem de leitos de rios, recuperação de vegetação ciliar (margens dos rios), reflorestamento, entre outras, de forma a recuperar o pulso de inundação do rio Taquari, que é de suma importância para o processo natural que favorece ao Pantanal ser rico em biodiversidade, e garantir a sustentabilidade através de seus recursos naturais, como o pescado e a produção agropastoril, por exemplo", explicou o diretor de desenvolvimento do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Roberto Gonçalves.

O Imasul estima que são despejados 20 mil toneladas de sedimentos por dia na bacia do Taquari. "No início, o problema era a lavoura, mas com o tempo, os produtores foram se conscientizando, porém o que persiste é a pecuária, através das pastagens degradadas, já que grande parte da região tem solo arenoso, suscetível à erosão, que ocasiona o assoreamento . Então uma das soluções seria o plantio de cana nessas áreas de pastagens degradadas, que mantém o solo firme", comentou.

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