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Cidades

PM diz que conflito começou após agressão de índios

Redação | 02/03/2008 12:39

Em nota oficial divulgada à imprensa, a PM (Polícia Militar) de Naviraí, cidade que fica a 352 quilômetros de Campo Grande, disse que o conflito que resultou na morte do líder indígena Ramão Machado da Silva, 62, começou após agressões de índios.

Os policiais faziam patrulhamento nas proximidades de uma danceteria, quando detiveram Edson Ramos Velasques, 38 anos, que segundo a PM, estava fazendo desordem nas proximidades de uma danceteria.

Edson foi colocado no camburão e então várias pessoas interviram para que ele fosse solto, inclusive agredindo o policial responsável. Um outro policial tentou intermediar a situação e foi agredido por Ramão, que ainda tentou tomar a arma do militar.

Foi dada voz de prisão a ele, que desobedeceu, causando um tumulto ainda maior no local e em seguida fugiu. Ele acabou sendo localizado na Rua Júlio Soares e agrediu novamente o policial.

Conforme a nota, com a ajuda de colegas e familiares, Ramão conseguiu pegar o cacetete do policial e arrasta-lo para dentro de um veículo, onde foi agredido. Os índios teriam ainda tentado pegar a arma.

O policial então atirou, mas Ramão continuou. A nota diz ainda que o policial conseguiu sair do carro e o indígena passou a agredir outro militar. Foi quando levou outro tiro e acabou sendo encaminhado pelo Corpo de Bombeiros para o hospital municipal, onde morreu horas depois. Ramão era liderança indígena em Dourados.

Na confusão, outros três índios ficaram feridos a tiros: Alexandre ferreira, 19 anos, Ronildo Gonçalves, 21 anos e um adolescente de 16 anos.

Segundo a nota, um dos policiais agredidos está com ferimentos pelo corpo, cabeça, olho direito e boca. A PM vai abrir inquérito administrativo para apurar o caso.

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