Polícia terá de ouvir 9 mil mulheres que fizeram aborto
O processo contra a médica Neide Mota Machado pode se estender por anos depois que a Justiça acolheu requerimento do MPE (Ministério Público Estadual) e determinou que 9,8 mil sejam qualificadas e interrogadas. Segundo a delegada Regina Márcia Rodrigues da Mota, responsável pelo inquérito contra a médica, serão ouvidas as mulheres que realizaram procedimentos abortivos na clínica desde 1º de agosto de 1999.
A delegada reconhece a dificuldade em conseguir ouvir todas as testemunhas e explicou que já solicitou auxílio da DGPC (Delegacia Geral de Polícia Civil) para o caso. Ficou determinada pela Justiça a prioridade para o grupo de mulheres que realizou procedimentos abortivos entre 1º de agosto de 1999 a 2001 para que os casos não prescrevam.
As identificações das 9,8 mil mulheres que correspondem à determinação judicial constam em fichas apreendidas na clínica da médica durante as investigações. As fichas, em poder da Justiça, serão reencaminhadas à delegacia para a intimação das mulheres.