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Cidades

Presos não recebem visita e Justiça divide inquérito da Lama Asfáltica

Aline dos Santos | 23/05/2016 11:32
Dinheiro foi apreendido durante segunda fase da Lama Asfáltica. (Foto: Divulgação/PF)
Dinheiro foi apreendido durante segunda fase da Lama Asfáltica. (Foto: Divulgação/PF)

Os presos na segunda fase da operação Lama Asfáltica não receberam visitas no Centro de Triagem e a Justiça Federal desmembrou o inquérito da PF (Polícia Federal) para individualizar cada investigado.

A operação, batizada de Fazendas da Lama, foi realizada em 10 de maio e prendeu 15 pessoas. Atualmente, quatro homens, que tiveram a prisão temporária convertida em preventiva, estão no complexo penitenciário estadual, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.

De acordo com a Agepen, Edson Giroto (ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal), João Amorim (dono da Proteco Construções), Flávio Henrique Scrocchio (empresário) e Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano ( servidor estadual, ex-deputado e ex-prefeito) dividem a cela com outros 24 presos no Centro de Triagem.

A visita no local é realizada aos domingos, mas os quatro não receberam visitantes. “Provavelmente não deu tempo de fazer as carteirinhas e ninguém foi visitá-los”, afirma o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia.

De acordo com ele, o perfil dos demais ocupante das celas é de pessoas com ensino superior e de presos servidores públicos. Os quatro estão no Centro de Triagem desde 16 de maio. Os advogados dos presos na Lama Asfáltica já entraram com pedidos de habeas corpus no TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). Nesta segunda-feira, a reportagem não conseguiu contato com a defesa dos presos.

Quatro mulheres também tiveram a prisão preventiva decretada, mas, até semana passada, cumpriam em regime domiciliar: Rachel Giroto (esposa do ex-deputado,) Mariane Mariano de Oliveira (filha de Beto Mariano), Elza Cristina Amaral (secretaria e sócia de Amorim) e Ana Paula Amorim Dolzan (filha de Amorim).

Na última sexta-feira (dia 20), a Justiça Federal desmembrou o inquérito para individualizar os investigados. A medida foi tomada pela complexidade da operação.

A PF (Policia Federal) analisa os documentos apreendidos e depositou em conta judicial os R$ 475 mil e 50 mil em dólares apreendidos no dia 10 de maio. A investigação identificou R$ 44 milhões em desvio de recurso público e a formação de uma rede de “laranjas”, composta por familiares e terceiros, para lavagem do dinheiro de origem ilícita.

Conforme a denúncia, os valores foram transformados principalmente em fazendas, que totalizam 67 mil hectares espalhados por Mato Grosso do Sul.

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