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Cidades

Promotor pede prisão de testemunha durante júri popular

Redação | 29/09/2010 09:29

Começou às 8h o julgamento de Phellipe Rodrigues Nunes Carvalho, réu pela morte do menino Miguel Alves Xavier da Costa, morto aos 2 anos de idade, em abril do ano passado, em um ponto de ônibus nas Moreninhas.

Segundo a acusação, Phelipe cometeu o crime junto com Wesley Fabiano Dronov de Souza. Eles queriam, na verdade, atingir Jorge Luiz da Silva, que também foi ferido, mas sobreviveu. Conforme a denúncia, Phellipe pilotou a moto usada pela dupla e Wesley disparou contra Jorge, atingindo também o menino.

No julgamento, nesta manhã, o promotor Douglas Oldegardo pediu a prisão da testemunha Damares Martins Ferreira, acusada de mentir, baseado na quebra do sigilo telefônico de Phelipe ocorrida durante as gravações.

Damares confirmou a informação dada pela namorada de Phellipe, Emely Carolina Lourenço, de que ele estaria em um churrasco na hora do crime, ocorrido entre 18h e 19h na casa dela, mas as gravações das ligações, segundo o promotor, desmentem essa afirmação, pois foram encontrados registros de ligações feitas pelo réu na região do bairro Pioneira na mesma hora em que ele estaria no churrasco citado.

Diante da controvérsia, foi proposto a Damares que se retrate, sob pena de ser presa. A retratação deve ocorrer ainda durante o julgamento.

O júri começou por volta das 8h e está na fase de interrogatório das testemunhas.

No auditório, familiares de Phellipe usam camisetas alegando sua inocência.

Jorge Luiz, que seria desafeto dele e por isso foi alvo de uma emboscada, não reconheceu, durante seu testemunho, o réu como sendo autor disparos que o atingiram e ao menino. Os dois seriam desafetos desde a época em que cumpriram pena na mesma prisão.

Patrícia Ribeiro Alves, a mãe de Miguel, o menino assassinado, reconheceu Phelipe e disse, ainda, que recebeu em seu celular, ontem, uma mensagem que considerou ameaçadora, com uma frase recomendando não"julgar para não ser julgado".

No dia do crime, ela e o filho estavam em um ponto de mototáxi onde tinham ido visitar o marido dela.

Patrícia, que passou a estudar Direito a partir da tragédia de perder o filho, contou que já esperava que Jorge Luiz não reconhece Phelipe. Segundo ela, quando houve a reconstituição do crime, Jorge afirmou que não condenaria Phelipe, pois as "leis da cadeia" determinam que um preso não incrimina o outro.

Na delegacia, ele havia reconhecido Phelipe, mas na fase de audiências na Justiça, mudou de postura.

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