Protesto dos servidores termina sem reunião com presidente do TJMS

O protesto dos servidores do Poder Judiciário estadual terminou sem reunião entre o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador João Maria Lós, e os diretores do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário (Sindijus-MS). A categoria não aceitou a proposta do dirigente de enviar apenas três representantes para o encontro.
Durante o protesto no Parque dos Poderes, os 500 funcionários presentes, segundo a entidade sindical, rejeitaram a proposta de enviar três pessoas e queriam que toda a diretoria participasse do encontro.
A tentativa de reunião com o desembargador João Maria foi intermediada pelo juiz auxiliar da presidência, Luiz Antonio Cavassa de Almeida, que conversou com os diretores sindicais e alguns servidores na parte externa do Tribunal.
Com as negociações emperradas, já que não houve retorno sobre a proposta protocolada há 60 dias, o sindicato decidiu convocar nova assembleia geral no dia 9 de maio para deliberar sobre paralisação ou nova greve por 24 horas.
A paralisação de aproximadamente 500 servidores do Judiciário ocorreu durante todo o dia de hoje (29), em Campo Grande, com início às 8 horas no Fórum Heitor de Medeiros. Por volta das 13 horas os servidores seguiram em carreata e buzinaço, com mais de 30 veículos e dois ônibus até o prédio do Tribunal de Justiça, onde ficaram até às 17h.
O Tribunal de Justiça alega que os servidores tiveram reajuste salarial de 27,31% nos últimos quatro anos. Em nota, o órgão alega que a categoria tem jornada diária de seis horas. Também cita que o cargo oferece um dos melhores salários e de que o último concurso atraiu 4 mil candidatos.
O TJMS argumentou vai pagar abono de R$ 200 aos funcionários, que será incorporado aos salários no próximo ano. O aumento nos vencimentos neste ano será de 7% a 17%.