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Cidades

Reajuste de 20% para enfermeiros é inviável, diz Santa Casa

Paula Vitorino | 20/07/2011 18:53

Rombo seria de 660 mil ao mês. Administração afirma que já aceitou várias cláusulas da categoria e não quer greve

Negociação com enfermeiros está em aberto, mas reajuste de 20% é impossível, diz Danilo Leon. (Foto: João Garrigó)
Negociação com enfermeiros está em aberto, mas reajuste de 20% é impossível, diz Danilo Leon. (Foto: João Garrigó)

Reajuste salarial de 20,30 % para enfermeiros é “totalmente inviável”, afirma o diretor administrativo da junta interventora da Santa Casa, Danilo Leon. De acordo com a administração, o aumento geraria um impacto de R$ 660 mil na folha de pagamento mensal.

“A Santa Casa ainda tem outras cinco categorias para negociar. Não existe, não tem possibilidade de desembolsar essa quantia só com uma categoria”, enfatiza

O diretor ainda esclarece que a Santa Casa está aberta a contra-propostas da categoria, mas garante que é impossível chegar ao percentual requerido pelo Siems (Sindicato dos Enfermeiros de MS). Segundo ele, mesmo com as negociações, o percentual oferecido pela administração de 6,30 não deve sofrer grande alteração.

De acordo com a administração, a categoria já recebeu o aumento de 6,30%, proposto pela Santa Casa, e terá o reajuste no salário a partir do pagamento no início de agosto. O reajuste representa aumento de R$ 116 mil ao mês para o hospital.

Com o aumento, o salário da categoria passará para R$ 578,27 – atendente, R$ 775,84 – auxiliar, R$ 836,47 – técnico, R$ 2.332 – enfermeiro. Para todas as funções a carga horária semanal é de 44 horas.

Reivindicações - Além do reajuste salarial, o Siems reivindica 44 cláusulas de trabalho. Após a reunião desta quarta-feira, Danilo afirma que cinco questões ficaram sem definição, mas que a Santa Casa já manteve integralmente outras 25 cláusulas e depende de dados do Siems para definir a posição sobre outras.

“Aguardamos o levantamento do Siems sobre a categoria para analisarmos o impacto da gratificação de aperfeiçoamento para técnico de enfermagem. Precisamos dos números de funcionários que seria beneficiado para só depois avaliarmos o que isso representaria no orçamento”, garante.

Entre os pontos que serão analisados pela Santa Casa, estão o auxílio creche para enfermeiras que trabalham à noite, adicional de insalubridade de 40% para funcionários de setores com alto risco de contaminação e gratificação por aperfeiçoamento.

“Alguns nós vamos atender, outros não. Tudo vai depender do orçamento e aí a Junta vai decidir se bate o martelo ou não”, explica.

Segundo Danilo, a aprovação de todas as cláusulas representa um aumento de R$ 50 mil no orçamento.

A categoria também requer a revisão do plano de cargos e carreiras, mas o diretor afirma que esta questão não será negociada com nenhuma categoria isolada, mas sim, definida pela administração para ser aplicada igualmente em todos os setores.

“Já iniciamos algumas medidas do plano e devemos colocar em pratica outras ainda este ano. Mas é uma posição da administração definir um plano comum para todos os setores, e a enfermagem já estava ciente disto”, diz.

Greve - Sobre a possibilidade de ação judicial e greve, declarada hoje pelo Sindicato após a reunião, o diretor diz que “é um direito da categoria”.

No entanto, Danilo afirma que “a preocupação da Santa Casa é em relação a segurança dos pacientes” e para isso irá tomar as medidas necessárias, caso a categoria opte por greve.

“Vamos garantir o atendimento com escalas de trabalho e se necessário vamos acionar o Ministério Público”, afirma.

Já a presidente do Siems, Helena Delgado, afirmou nesta quarta-feira que o prazo final para a contra-proposta da Santa Casa é de uma semana, quando haverá nova reunião.

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