Réu diz que voltou armado para bar, mas sem intenção de matar
Ronaldo dos Santos contou ter ficado incomodado com homens que assediaram sua mulher e de confusão por causa de batida em moto, mas diz que só voltou a boteco para beber mais
Em depoimento, durante júri popular na manhã desta quarta-feira (22), Ronaldo dos Santos, de 45 anos, manteve versão parecida a que deu à Polícia Civil quando foi preso em junho de 2012 por matar o militar da Base Aérea, Renato Dec Barbosa, 21 anos. Ele confessou ter voltado armado no bar onde aconteceu o assassinato, mas diz que não tinha intenção de matar.
Ronaldo afirma que estava incomodado com alguns dos frequentadores do bar porque eles estavam “mexendo” com a mulher dele. O réu bebia junto com a esposa e um amigo Kenny Mendes Durand, 34 anos, conhecido como Bugão, que responde como coautor do crime.
Na hora de ir embora, Ronaldo conta que encostou com o carro na motocicleta da vítima e houve uma confusão. Ele e Kenny deixaram a mulher em casa e voltaram para o bar.
O homem que matou o militar explica que pegou a arma, mas não revelou ao amigo.
“Quando eu saí e encostei na moto, eles começaram a me humilhar. Fui para casa, deixei a minha esposa e chamei o Kenny para beber mais. Peguei a arma, mas não tinha a intenção de matar”, contou Ronaldo ao júri.
Kenny confirmou a versão do amigo. “Ele desceu no bar para pegar um copão”.
Ronaldo disse ainda que só atirou porque a vítima “fez menção” de estar armado. “Atirei para todo lado e saí correndo”.
O amigo relatou ainda que quando ouviu os disparos tentou fugir, mas a motocicleta engasgou.
Quando Ronaldo apareceu, ele deu fuga ao colega e o levou até a casa no bairro Dom Antônio Barbosa, onde o atirador escondeu a arma.
O crime aconteceu no Bar do Braga, no Jardim São Conrado. Everton Delfino dos Santos, Marcos Pereira da Silva e Anderson Xavier dos Santos ficaram feridos no tiroteio.
Ronaldo e o corréu são julgados nesta quarta-feira.