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Capital

À espera de perícia, serial killer tem segundo júri marcado

Nando é suspeito de 16 homicídios, mas responde na Justiça por ligação direta com 13. No dia 29 de junho foi condenado pelo primeiro crime a 18 anos de prisão

Geisy Garnes | 21/08/2018 13:14
Nando durante o primeiro julgamento no Tribunal do Júri (Foto: Saul Scharamm)
Nando durante o primeiro julgamento no Tribunal do Júri (Foto: Saul Scharamm)

O segundo julgamento de Luiz Alves Martins Filho, o Nando, apontado como autor de 16 assassinatos no Bairro Danúbio Azul, já tem data marcada. No dia 21 de setembro, às 8 horas, o réu, que ficou conhecido por ter um “cemitério particular”, e outros dois comparsas, vão a júri popular pela morte de Lessandro Valdonado de Souza.

Nando é suspeito de 16 homicídios, mas responde na Justiça por ligação direta com 13. No dia 29 de junho foi a julgamento pelo primeiro caso: o assassinato de “Café” ou “Neguinho” - vítima até hoje não foi identificada. Pelo crime foi condenado a 18 anos de prisão. Jean Marlon Dias Domingues também foi condenado por participação na morte, a 15 anos.

Segundo as investigações, Lessandro foi assassinado no dia 1º de agosto de 2016, por Talita Regina de Souza, Nando e Jean. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, o crime foi cometido a pedido da mulher, que na época, era cunhada da vítima.

Talita era casada com o irmão de Lessandro e foi flagrada por ele traindo com o marido. Ela então pediu ajuda de Nando para matar o cunhado. Os três suspeitos levaram a vítima para o Jardim Veraneio e a mataram asfixiada com uma corda.

Assim como as outras vítimas do “grupo de extermínio”, Lessandro foi enterrado de cabeça para baixo no “cemitério clandestino”. Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, Nando ajudou no crime e entregou a corda usada para asfixiar o rapaz, por Talita sempre arrumar encontros homoafetivos.

Jean, Talita e Nando vão a júri por homicídio qualificado com motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima pela 2ª Vara do Tribunal do Júri. Assim como no primeiro julgamento, Nando foi intimado a prestar depoimento por videoconferência, já que passa por tratamento para tuberculose.

Perícia - Com o benefício de auxílio saúde cancelado, Nando tenta passar por uma nova perícia no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) desde o mês passado. A primeira perícia foi agendada para o dia 14 de agosto, mas sem escolta, o preso - que está no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) - não compareceu ao exame.

A defesa afirmou que essa perícia é de extrema importância devido às várias doenças do cliente. “É imprescindível a perícia, para que o mesmo continue recebendo auxílio doença visto que é com essa pecúnia que lhe são disponibilizados vários medicamentos necessários para o controle das enfermidades( sic)”.

Uma nova consulta foi marcada, desta vez para o dia 8 de outubro. No pedido para a escolta a defesa de Nando ressaltou o prejuízo causado pela demora da perícia, já que o benefício previdenciário está suspenso, e pediu a fixação de uma multa para caso de descumprimento da decisão judicial, ou seja, se não for providenciada a escolta. “Se sugere ser fixada no montante diário de R$ 350,00, em favor da pessoa presa”.

No dia que deveria acontecer o exame, a Agepen (Agência Estadual de Gestão do Sistema Penitenciário) informou ao Campo Grande News que a escolta não foi realizada por “questões operacionais”.

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